O clima favorável nas lavouras americanas, os números do Relatório de Oferta e Demanda Mundial do USDA divulgados no dia 12 e o receio da, ainda possível, recessão global levaram a soja a cair em Chicago na semana passada. A análise é da plataforma Grão Direto.
E o último Relatório de Condições de Lavouras, divulgado no dia 15, apontou piora de 1% nas lavouras entre boas a excelentes, saindo de 59% para 58%. Contudo, isso não afetou significativamente o mercado.
Em relação às exportações, de acordo com o FAS (Foreign Agricultural Service) – que faz o monitoramento de exportações americanas – houve vendas líquidas de 96.900 toneladas da safra 2021/22, principalmente para a China, indicando um possível retorno do país asiático às compras.
Cotação em março/2023
O contrato com vencimento setembro/2022 fechou a semana valendo US$ 14,90 o bushel (-2,68%). A queda significativa ocorreu por conta da mudança do mês de referência do contrato, que estava acima do atual. Enquanto o contrato com vencimento em março/2023 também fechou com queda de -2,82%, sendo cotado a US$ 14,15 o bushel.
Já o dólar teve uma semana de muita volatilidade, fechando a sexta-feira, 19, a R$ 5,17 (+1,97%). Após instabilidades externas, foi possível reforçar a ideia de que a taxa de juros dos Estados Unidos poderia ter mais uma alta de 0,75%. Dessa forma, certo receio se sustenta no mercado sobre os rumos da economia americana.
No Brasil, a política tende a causar também bastante oscilação no câmbio nas próximas semanas.
Mesmo com a alta do dólar, a queda de Chicago prevaleceu, provocando desvalorização nos preços do mercado brasileiro em relação à semana anterior.

Clima segue decidindo
Para esta semana, de acordo com a maior plataforma de comercialização digital de grãos da América Latina, o clima nos EUA continua sendo o principal fator de atenção do mercado.
As previsões climáticas apontam para uma semana com boas quantidades de chuvas no meio-oeste estadunidense, com exceção do norte de Dakota do Sul e praticamente toda Dakota do Norte e Minnesota. Isso poderá acarretar na desvalorização em Chicago.
Movimentos de compras, principalmente da China, também poderão continuar influenciando o mercado. O dólar poderá ter uma semana de alta, influenciado pela possível alta da taxa de juros americana.
Com dólar em alta e Chicago em queda, a semana poderá ser marcada pela estabilidade dos preços no Brasil, em relação à semana anterior.
Fonte: Grão Direto
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