O plantio da soja brasileira ainda segue atrasado em relação ao ano passado.
Porém, apresenta melhora considerável, muito provavelmente por conta de boas chuvas em regiões importantes do país.
E as previsões indicam que o clima favorável deve persistir nesta semana, proporcionando condições propícias para o avanço do plantio e o desenvolvimento das lavouras, já que muitas delas encontram-se agora na fase de florescimento e enchimento de grãos.
E na semana passada o USDA divulgou o relatório de oferta e demanda.
A safra brasileira foi reduzida para 161 milhões de toneladas, enquanto para as exportações o USDA sinalizou um aumento de 2 milhões de toneladas.
E segundo o relatório da Bolsa de Cereais de Rosário, a safra argentina atingiu aproximadamente 51,7% da estimativa total de 50 milhões.
Com as chuvas favoráveis no país, o plantio deve seguir avançando, fortalecendo a possibilidade de que a Argentina recupere a liderança como principal exportadora de farelo de soja na temporada 2023/2024.
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Na economia, o dólar se valorizou.
É que o destaque da semana passada foi o relatório de emprego dos EUA, que superou as expectativas do mercado, resultando em taxas de juros norte-americanas elevadas.
Isso se refletiu no aumento de 1,02% do dólar, que fechou cotado a R$ 4,93.
Nesta semana ocorre a reunião dos bancos centrais do Brasil e dos EUA.
A última reunião do ano não deve trazer surpresas e poderá resultar em um corte de 0,50% no Brasil, fechando o ano dentro do esperado, em 11,75%.
Nos EUA, espera-se a manutenção nos níveis atuais.
Em Chicago, o contrato de soja para janeiro de 2024 encerrou a semana em US$ 13,06 o bushel (-1,36%), e o contrato de março de 2024 a US$ 13,25 (-1,49%).
No entanto, no mercado físico brasileiro, as cotações foram diversificadas em várias regiões.
Exportações: recorde de 100 milhões
A Anec estima as exportações em mais de 3,5 milhões, sendo mais que o dobro do mesmo período no ano passado, alcançando assim os possíveis 100 milhões de toneladas, um novo recorde.
Mesmo com esses dados, as exportações têm diminuído o ritmo de uma tendência natural para o final de ano, já que os mercados passam a olhar com melhores olhos para os EUA.
Considerando os eventos mencionados, é possível que a soja em Chicago tenha uma semana negativa, com mercado físico acompanhando.
Fonte: Grão Direto