Nos últimos 12 meses, importantes regiões produtoras de frutas e hortaliças enfrentaram secas, geadas. Já no mês passado, houve chuvas muito acima da média histórica.
A adversidade mais recente está em parte relacionada ao fenômeno climático La Niña, que atua no Brasil desde o final do ano passado. Provoca excesso de chuvas no Nordeste e precipitações abaixo da média e/ou irregulares no Sul do País.
Qualidade
Esse cenário influencia negativamente a produção de hortifrútis. Inclusive, pode resultar em queda na exportação de frutas. Isso porque as chuvas acima da média no Nordeste desfavorecem a qualidade de frutas que são produzidas para venda externa. Caso da uva, no Vale do São Francisco. No Sul do Brasil, o volume irregular de chuvas pode limitar o desenvolvimento da maçã para exportação.
Além da qualidade, a alta umidade tende a diminuir a produtividade e levar a perdas. O que, por sua vez, causa prejuízos no campo, mesmo diante de possíveis altas nos preços, por conta da menor oferta.
Cuidados
O clima desfavorável (com excesso ou falta de chuvas) também aumenta a necessidade de intensificação de cuidados fitossanitários preventivos. Consequentemente, amplia o custo médio de produção, que, vale lembrar, já está elevado por conta da forte valorização dos insumos.
Já no Sul, as chuvas abaixo da média causam alguns danos à produção e receios de falta de água para irrigação. No entanto, em muitos casos, registra-se aumento da produtividade frente a anos em que o regime pluviométrico ocorre dentro ou acima da média no período.
Chuvas
Isso porque chuvas volumosas tendem a prejudicar mais a produção do que o clima seco. Especialmente quando se levam em conta áreas irrigadas.
O clima é destaque na edição de fevereiro da revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).