O ritmo de vendas da soja na Argentina pode aumentar nas próximas semanas.
O novo presidente da Argentina, Javier Millei, no início da semana passada disse ter começado seu tratamento de choque para o peso argentino, em que se pode notar uma desvalorização de quase 54%.
Isso é um forte gatilho de venda para o produtor argentino que vinha tendo de negociar com o câmbio artificial chamado dólar blue.
Além disso, a safra de soja argentina já está com 59,5% do plantio realizado e com excelentes condições de desenvolvimento.
Chuvas irregulares
No Brasil, os modelos climáticos continuam mostrando chuvas para a semana, mas como ocorreu na semana passada, as previsões foram pouco assertivas com as chuvas acontecendo de forma isolada em algumas regiões produtoras.
Para a próxima semana ainda há previsões de chuvas, mas o que se espera é a continuação dessas chuvas pontuais e desuniformes.
Corte de produção
Como relatado em análises anteriores, a safra de soja brasileira estava entrando na fase de floração em algumas regiões e já em enchimento de grãos em outras.
São duas fases de extrema importância para definição de produtividade.
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E para manter uma boa produtividade é necessário que haja boas chuvas nessa fase.
Os modelos indicam chuvas para a semana, mas o fato de não estarem sendo assertivos, já coloca no radar mais uma queda de produção.
Além disso, também traz uma redução de área, pois o produtor só fará o replantio caso as condições melhorem.
Esses dois fatores farão força para que os prêmios da soja no Brasil subam.
Taxa de juros
Após a redução da taxa de juros e com as próximas reuniões se realizando apenas no ano que vem, o mercado trabalhará sobre as expectativas dos discursos feitos.
No Brasil a expectativa é de redução de 0,50% na próxima reunião, colocando a taxa de juros básica em 11,25%.
Essa expectativa já mexe com os mercados e a moeda brasileira, visto que ficará mais atrativo o mercado de risco.
Somado a isso há também a decisão da taxa de juros norte-americana, que não teve redução na última reunião e nem terá na próxima.
Mas o presidente do BC americano, Jerome Powell, informou que poderá haver uma redução em maio, e isso faria uma pressão negativa sobre a soja em Chicago visto que o custo de carrego fica menor.
Fonte: Grão Direto