A colheita da segunda safra de milho continuou avançando na semana passada, para cerca de 47,9% da área total cultivada.
O índice é significativamente superior aos 20% registrados no mesmo período de 2023.
E, segundo a plataforma Grão Direto, continuará seguindo nesta semana em ritmo acelerado, até para superar os níveis de 60%.
Se comparadas às colheitas do início da temporada, as produtividades tiveram quedas significativas, pois houve um período de poucas chuvas e muito calor em boa parte do ciclo.
Porém, ainda sim, os produtores estão tendo uma colheita satisfatória, com exceção de algumas regiões do Paraná e Mato Grosso do Sul.
Em junho as exportações brasileiras foram marcadas por uma queda de 17,7%.
De acordo com a Secex, o país exportou pouco mais de 850 mil toneladas.
Em Chicago, a semana passada finalizou com cotações a US$ 4,11 o bushel (+3,27%), para o contrato com vencimento em julho/24.
Na B3, o cereal fechou a semana com queda de 1,64%, para R$ 55,92/saca.
Já no mercado físico, o movimento foi misto, com algumas regiões positivas e outras negativas.
Relatório do USDA
Na sexta-feira, 12, o USDA divulgará mais uma atualização mensal dos números de oferta e demanda mundial.
O relatório trará os novos números após a correção de área no último dia 28.
Espera-se que o departamento mantenha o otimismo em relação à safra norte-americana, com uma produção potencial superior a 375 milhões de toneladas, podendo também, elevar os estoques.
E para o Brasil, a safra total deverá continuar acima de 120 milhões de toneladas.
Por ora, a safra americana está entrando na fase de embonecamento (11%), com qualidade satisfatória, próxima a 70% (um dos maiores níveis).
Exportações norte-americanas
De acordo com o último relatório de vendas novas, divulgado pelo USDA na sexta, 5, os EUA avançaram nos números, atingindo 80,9% do total projetado, que é de 54,610 milhões de toneladas.
As vendas acumuladas (exportado + aguardando embarque) atingiram 98,4% da previsão do USDA para o ano de comercialização de 2023/2024.
Para atender às necessidades do USDA, será necessário vender cerca de 1,303 milhão de toneladas por semana.
Mais sobre o agro brasileiro em Soja: semana de relatório de oferta e demanda do USDA. Vai ter surpresa?
Demanda aumentará?
Conforme a plataforma Grão Direto, há fortes indicativos que o mercado exportador brasileiro começará a direcionar as exportações para milho em julho.
Já no próximo mês, espera-se que esse movimento se aqueça, com uma maior preferência pelo cereal.
Mesmo com os preços pouco atrativos para o produtor brasileiro, o milho nacional enfrenta condições de preços pouco competitivos no mercado internacional, perdendo competitividade para outros países como a Argentina.
E a pressão negativa em Chicago deve continuar nesta semana, que juntamente com o progresso da colheita da segunda safra brasileira seguirá dificultando a recuperação das cotações no mercado físico.
Fonte: Grão Direto