A colheita de soja alcançou 74% das áreas gaúchas de 2021/22, avanço de seis pontos percentuais na comparação com a última semana. Apesar disso, houve uma limitação na colheita por conta do excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, que chegou a danificar lavouras da oleaginosa. Os dados são da Emater-RS.
Os trabalhos estão atrasados ante os 90% vistos em igual período do ciclo anterior e também abaixo dos 94% registrados na média histórica para este ano, segundo a empresa de assistência técnica e extensão rural. Apenas no extremo norte do Estado, onde ocorreram menores precipitações, a operação de colheita prosseguiu em ritmo adequado.
“A ocorrência de chuvas frequentes e em alto volume, na maior parte do Estado, impossibilitou a colheita em parte das lavouras ou ocasionou a sua realização em condições fora da normalidade em pequenos momentos ensolarados”, afirmou a Emater-RS em relatório.
A empresa disse também que a chuva superou 300 milímetros na semana em alguns municípios gaúchos. Nas localidades onde os volumes foram mais intensos, houve danos às lavouras.
“Os danos foram concentrados em áreas de várzeas e próximas de cursos d´água na metade sul do Estado, onde houve forte acamamento de plantas e alagamento por período prolongado.”
Por outro lado, não houve relatos de perdas por apodrecimento ou germinação dos grãos, por se tratar da primeira sequência de chuva expressiva sobre as lavouras após a fase de maturação da soja. Contudo a Emater-RS alerta que há grande risco de novas precipitações, o que pode acarretar em perdas por avarias nos grãos em lavouras maduras expostas a essa condição climática.
Para o milho, a colheita avançou somente um ponto percentual na semana, a 85% das áreas, também prejudicada pelo excesso de chuvas. Os trabalhos estão à frente dos 83% vistos um ano antes, e da média histórica de 81%.
“A recorrência de chuvas beneficiou as lavouras semeadas tardiamente ou em safrinha. Parte das lavouras, madura ou em maturação, apresentou aumento da incidência de doenças da espiga, provocadas por fungos causadores de grãos ardidos”, comentou a Emater.
Fonte: Agrifatto