A escassez de fertilizantes é uma realidade. Ou estão em falta ou triplicaram de preço por conta dos movimentos da macroeconomia que o leitor está careca de saber. Como superá-la é a pergunta a qual fomos atrás de respostas.
E quem joga luz sobre o assunto é o professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Leandro Martins Barbero, em uma entrevista exclusiva para a Revista AG. Ele também é mestre em Zootecnia, Doutor em Ciência Animal e Pastagem e está à frente de muitos projetos em parceria com fazendas e indústrias.
Segundo ele, uma ação simples que já ajudaria a reduzir despesas com fertilizantes seria caprichar na colheita do pasto e fazer adubação apenas mediante de uma análise de solo. “Muitas vezes, o pecuarista utiliza fertilizantes que não são os mais necessários no momento da aplicação”, observa o especialista.
Precisa de fertilizante e não tem no balcão da loja agropecuária? “Temos fazendas onde, nos últimos anos, só fazíamos adubação N-P-K e passamos a fazer apenas adubação foliar. Os resultados foram interessantes. É claro que o adubo foliar não substitui adubação de base, mas, em momentos de escassez ou de preço alto de fertilizantes, como agora, pode trazer resultados interessantes”, explica Barbero.
A título de informação, não substitui porque a adubação de base (NPK) supre as demandas de macronutrientes e adubação de base procura corrigir as deficiências de micronutrientes.
Mais dicas para lidar com escassez de fertilizantes
A pecuária também pode se utilizar de tecnologias que já são amplamente utilizadas na agricultura para aumentar a produtividade da pastagem, e, assim elevar o ganho em peso dos animais, sem, necessariamente, focar na adubação de base. Veja quais são elas na edição de julho da Revista AG.