A estação de monta é uma das estratégias mais importantes nos sistemas de cria; é tempo de semear, e seus resultados, a colheita de bezerros, ocorrerá 280-290 dias após. Essa colheita depende do período e das práticas estabelecidas e executadas durante o período reprodutivo, seja por meio da inseminação artificial, pela monta natural ou pela combinação de ambas.
A duração desse período é relativamente variável e depende de cada sistema de produção, nas condições mais extensivas, podendo chegar a 90-100 dias; naquelas mais avançadas em termos alimentares e tecnológicos, com 60-70 dias.
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Esse período, independentemente de sua duração, é definido basicamente a partir do acoplamento das demandas alimentares da vaca com a disponibilidade natural e econômica da forragem. Portanto, estas são as bases que conduzem qualquer sistema de produção de bezerros, com base pastoril, no Brasil.
Durante o período reprodutivo, normalmente, em uma pequena parte dele, coincide o final da parição com o início do acasalamento. Assim, esses eventos são simultâneos e sinalizam o que poderá ocorrer na sua sequência, pois, se o histograma de parição concentra muitos nascimentos (acima de 10%) nos últimos 21 dias da estação, naturalmente a semeadura subsequente estará parcialmente comprometida, visto que o intervalo parto-concepção será alongado.
Além disso, é tempo de monitorar a qualidade dos partos, a viabilidade dos bezerros após o nascimento e as condições de aleitamento (integridade do úbere; tamanho dos tetos; mamada fácil; boa produção de leite) de cada matriz. Este é o momento de identificação das matrizes que talvez não justifiquem fazer parte do próximo acasalamento – o novo plantio.
O momento que está definido para o final do acasalamento é tempo de avaliação e de tomar decisões, especialmente sobre o destino das matrizes e dos touros para permanecerem ou não no rebanho por mais um ano. A política quantitativa de descarte de uma matriz depende da taxa de desmama, pois ela determina quantas bezerras e novilhas estão disponíveis no rebanho para substituir uma matriz a ser eliminada.
Quando as taxas de desmama são inferiores a 70%, não é possível substituir todas as matrizes que estão sem bezerro ao pé no final da estação reprodutiva, porque, se isso ocorrer, haverá uma diminuição do rebanho.
Descarte de reprodutores
Touros e matrizes possuem alguns quesitos mínimos, que, se não atendidos, devem ser considerados como critério de descarte. Veja na figura a ordem de prioridade para o descarte de matrizes.
Além do fato do resultado do exame andrológico pré-estação de monta ser determinante no descarte de touros, alguns indicativos mostram quais animais precisam ser eliminados do rebanho, conforme a figura a seguir.
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