O mercado brasileiro de arroz teve um julho com preços firmes e lentidão nos negócios, refletido na extensa queda de braço entre compradores e vendedores.
Conforme o analista e consultor de Safras & Mercado Evandro Oliveira, os preços do cereal, que se encontravam entre R$ 115,00 e R$ 120,00 por saca de 50 quilos nas principais regiões arrozeiras do estado gaúcho, estão pressionando as margens de lucro das unidades de beneficiamento.
E, assim, criando dificuldades na transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva.
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Vendedores, por sua vez, adotam estratégias distintas: enquanto alguns restringem suas ofertas, outros buscam negociar no mercado à vista a preços elevados, na expectativa de melhores condições futuras.
Preços
A média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou 31 de julho cotada a R$ 117,09.
Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma alta de 2,71%.
E um aumento de 33,66% quando comparado ao mesmo período de 2023.
Destaque à Índia
No cenário internacional, destaque para a produção de arroz beneficiado da Índia, que está estimada em 138 milhões de toneladas no ano comercial 2024/25 (que inicia em outubro de 2024), ante 137 milhões no período anterior.
As informações são do Gain Report, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A área está prevista em 48,5 milhões de hectares, ante 47,59 milhões no período anterior.
As exportações daquele país foram projetadas em 18 milhões de toneladas beneficiadas para 2024/25, ante 16 milhões no período anterior.
O consumo doméstico deve atingir 120 milhões de toneladas beneficiadas, ante 117,50 milhões de toneladas em 2023/2024.
Os estoques finais foram previstos em 38,5 milhões de toneladas para 2024/2025, mesmo patamar temporada anterior.
Fonte: Safras & Mercado