Os preços da soja mantiveram sua trajetória de alta na semana dos dias 7 a 11. E atingiu patamares recordes. Mesmo assim, a movimentação é limitada. Os produtores seguem retraídos, acompanhando a colheita, avaliando as perdas na safra pela estiagem e aguardando por patamares ainda melhores.
A saca subiu de R$ 209 para R$ 213 em Passo Fundo/RS. Em Cascavel/PR, passou de R$ 199,00 para R$ 202,50. Em Rondonópolis/MT, subiu R$ 1 para R$ 190. E no Porto de Paranaguá/PR, avançou de R$ 204 para R$ 206.
Valorização
A alta interna acompanha a sinalização da Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em maio acumularam valorização de 1,55% até quinta, para US$ 16,86/bushel. O cenário fundamental, combinando menor oferta na América do Sul e demanda firme pelo produto dos Estados Unidos, deu sustentação.
O impacto só não é mais positivo para a soja no mercado brasileiro devido ao recuo do dólar frente ao real. A moeda americana acumulava desvalorização de 1,2% até quinta, a R$ 5,078. Na manhã de sexta, dia 11, após nova pressão, o dólar chegou a operar abaixo de R$ 5,00.
Safra
O USDA projetou safra mundial de soja em 2021/22 de 353,8 milhões de toneladas, contra 363,9 milhões em fevereiro. Os estoques finais estão estimados em 89,96 milhões. O mercado esperava por 88,9 milhões de toneladas. Em fevereiro, o USDA indicou estoques de 92,83 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 120,71 milhões de toneladas, mesma da previsão anterior. Para o Brasil, a previsão foi cortada de 134 milhões para 127 milhões de toneladas.
A safra da Argentina está estimada em 43,5 milhões de toneladas, corte de 1,5 milhão sobre o relatório anterior. O mercado esperava por produções de 128 milhões e 43 milhões, respectivamente.
Já as importações chinesas foram cortadas de 97 milhões para 94 milhões de toneladas.