O trigo encerrou julho com cotações levemente inferiores aos do fechamento do mês anterior.
No Paraná, as indicações no FOB interior ficaram entre R$ 1.600 e R$ 1.650 por tonelada, com uma queda mensal de 1,8%.
No mercado gaúcho, a retração mensal foi de 5,2%, com a tonelada indicada em torno de R$ 1.450.
Com esses números, o ano comercial brasileiro terminou com uma média de preços nas principais praças de comercialização 13,4% superiores às do fechamento da temporada anterior.
Quando se compara a média das cotações durante o ano comercial entre agosto de um ano e julho do outro, a atual temporada registrou uma queda de 25%.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, a tendência para as próximas semanas é que o mercado sinta a pressão da queda internacional e da proximidade do ingresso da safra brasileira.
Dessa forma, os compradores estão interessados em preços entre R$ 1.300 e R$ 1.400 por tonelada para a safra nova.
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Por outro lado, as incertezas em relação à produção no Brasil e na Argentina fazem com que os produtores permaneçam na defensiva, com pedidos entre R$ 1.500 e R$ 1.600 por tonelada.
“Esse descolamento entre preços de compra e venda resulta em um baixo volume de negócios para a safra nova”, avalia Bento.
Produtor com foco no plantio
Com pouca oferta da safra velha disponível, o mês de julho teve poucos negócios.
Além disso, o foco dos produtores estava no plantio e no manejo das lavouras.
Os trabalhos foram finalizados no Paraná neste mês. No Rio Grande do Sul, a semeadura já pode ser considerada tecnicamente finalizada.
Algumas regiões enfrentam dificuldades, mas, de um modo geral, as expectativas para a safra são positivas.
A safra brasileira é estimada em 8,855 milhões de toneladas, segundo Safras & Mercado.
No ano passado, foram 8,5 milhões de toneladas.
A área plantada soma 2,845 milhões de hectares, conforme a estimativa, 16,2% abaixo do ano passado.
Fonte: Safras & Mercado