O mercado começa a se acomodar, o que pode levar à queda dos custos da nutrição, já esperando um impacto direto nos preços de micronutrientes nos próximos meses.
“Nutrientes essenciais da alimentação animal, como vitaminas e aminoácidos, estão no centro dessa gangorra. A boa notícia é que para as vitaminas, que participam com 3% a 10% dos custos de produção, o pior já passou: o segmento vive um período de redução dos preços no mundo. E a notícia boa não para por aí: a tendência é que este cenário seja prolongado pelo menos até o início de 2023”, informa Cássio Giacon, gerente de desenvolvimento de negócios da MCassab Nutrição e Saúde Animal.
“Analisando o mercado hoje, não vemos motivos para custos de microingredientes muito elevados no próximo ano. Se não ocorrer nenhum evento que mude o rumo do mercado, a demanda deve cair mundialmente tanto para aminoácidos quanto para vitaminas”, disse. Segundo o gerente, essa queda de preços está diretamente atrelada à baixa demanda global associada ao aumento das taxas de juros.
Ele também cita a queda da demanda interna por proteínas animais e a própria oscilação dos volumes exportados em alguns momentos como gatilhos que exigem cautela dos produtores, que preferem aguardar a investir como gostariam no aumento dos plantéis.
Frete marítimo contribui para queda dos custos da nutrição
“Também contribuem para esse cenário a redução dos fretes marítimos, devido à queda global das operações, reflexo das dificuldades econômicas da Europa, Estados Unidos e China. Esse é um fator a mais para impactar o cenário em termos globais. Resumindo: todos os indicadores apontam para o acomodamento dos custos das matérias-primas”, justifica. A recomendação de Cássio para os produtores é “tenham calma e analisem o cenário com atenção. Frente as adversidades há sempre uma oportunidade. Acredito que o mercado não deva mudar a curto prazo”, finaliza.
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