A cotação da saca de milho em Campinas/SP subiu de R$83,00 para R$ 84,00. Já na B3, os futuros fecharam mais um dia em valorização, o vencimento jan/22 ficou valendo R$ 89,16/sc. Ou seja, alta de 2,0%. Os dados são da Agrifatto Consultoria.
Em Chicago, o avanço do petróleo sustentou os futuros do cereal, que é a principal matéria-prima para a produção do etanol. O vencimento mar/22 avançou 0,68%, sendo cotado a US$ 5,88/bu.
Produtividade no RS
Em relação à produtividade no RS, a Farsul projeta recuo do milho na safra 2020/2021. A cultura deve sofrer com uma segunda seca em sequência e ter resultados ainda piores do que no ano passado.
A falta de chuva no início do desenvolvimento do grão, principalmente na Região Noroeste, tende a reduzir a produção para somente 3 milhões de toneladas, 28% menos em relação à safra anterior e 47% abaixo de 2018/2019.
Segundo o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, o prejuízo econômico da estiagem em 2019/2020 foi pior para o Estado do que em outras secas históricas, em 2005 e 2012. “Perdemos mais de 8 milhões de toneladas, em boa medida porque não podemos irrigar, e assim deixamos de gerar crescimento, PIB e empregos”.
Mesmo assim, houve aumento de área plantada no ano seguinte, o que mostra um setor “resiliente” que destoa do ambiente econômico no geral. “Infelizmente, não teremos esse esforço recompensado com safra recorde, porque perdemos de novo no milho”, afirma.