O mercado brasileiro de arroz manteve a trajetória altista nesta segunda semana de abril.
Segundo o analista e consultor de Safras & Mercado Evandro Oliveira, a demanda está aquecida e as unidades de beneficiamento buscam lotes em regiões mais afastadas.
No Rio Grande do Sul, principal referencial, a média da saca de 50 quilos de arroz em casca fechou o dia 13 cotada a R$ 89,42.
Um avanço de 3,51% em relação à semana anterior.
Em comparação ao mesmo período do mês passado, houve uma alta de 5,56%.
E aumento de 20,74% comparado ao mesmo período de 2022.
Elevação de oferta
Na tentativa de competir com os preços de exportação, as indústrias de beneficiamento gaúchas elevaram suas ofertas, refletindo em um avanço nas demais regiões.
Em especial na região da Fronteira Oeste, onde tem sido reportada a chegada de muito arroz abaixo de 56% de grãos inteiros (referência para exportação).
“Completando o cenário altista, a leitura do mercado de uma safra curta e estoques mais apertados contribui para o aumento generalizado das cotações do cereal gaúcho”, destaca Oliveira.
Safra menor
O sétimo levantamento Conab para a safra brasileira 2022/23 de arroz indica produção de 9,940 milhões de toneladas.
O volume representa um decréscimo de 7,9% sobre as 10,788 milhões de toneladas de 2021/22.
No sexto levantamento, eram esperadas 9,879 milhões de toneladas.
A área plantada na temporada 2022/23 foi estimada em 1,467 milhão de hectares, ante 1,618 milhão semeados na safra 2021/22.
A produtividade das lavouras foi estimada em 6.773 quilos por hectare, superior em 1,6% aos 6.667 quilos por hectare na temporada passada.
Colheita em 80%
De acordo com o último boletim da Emater/RS, os trabalhos de colheita da nova safra de arroz no Rio Grande do Sul já atingem 80% da área prevista para o estado, enquanto na semana anterior esse percentual era de 62%.
No mesmo período do ano passado, a colheita estava em 71%, e a média dos últimos cinco anos é de 72%.
A região da Fronteira Oeste apresenta um progresso mais avançado, com 85% da colheita concluída, enquanto no Vale do Rio Pardo a colheita alcançou cerca de 55% das áreas.
Fonte: Safras & Mercado