A qualidade é decisiva na comercialização de touros melhoradores, mas ter avaliação genética (DEP – Diferença Esperada na Progênie) ou genômica não basta. “É importante que esses animais passem também por um crivo morfológico, olhando os aprumos, raça, posicionamento de umbigo e, principalmente, a conformação frigorífica, uma vez que são raças produtoras de carne”, avisa o zootecnista William Koury.
Jurado efetivo da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu e proprietário da consultoria Brasil com Z, parceira da Revista AG no levantamento TOP 100 – Os maiores vendedores de touros do Brasil, ele é direto numa problemática que vem crescendo no mercado de touros Nelore CEIP, nos últimos anos. E não é só ele que enxerga as coisas desta forma.
Ilson Corrêa ressalta a importância dos programas de melhoramento, pois ele mesmo utiliza o PMGZ e o Nelore Brasil/ANCP) na Nelore Grendene, propriedade a qual dirige em Cáceres, no estado do Mato Grosso, contudo, compartilha da visão do zootecnista da Brasil com Z.
“Eu vejo que isto é o erro que está acontecendo atualmente no mercado, onde o pessoal está utilizando em demasia os programas e esquecendo o olhar do criador. Penso que é de extrema importância as coisas andarem juntas, porque devemos confiar também na visão do pecuarista que conhece os animais que produz boa carne e não ficar somente nos números, uma vez que isso está tirando, por exemplo, um pouco das características da raça Nelore”, afirma o diretor da Nelore Grendene.
Segundo ele, há muitos touros em centrais de inseminação que deixam os criadores em dúvida se o animal é mesmo da raça Nelore ou não. Com grande base de fêmeas no programa CEIP da DeltaGen, cerca de 10 mil vacas e outras mais de mil nos programas PMGZ e ANCP, o sócio-proprietário do Grupo Rezende, Antônio Carlos Skowronek Rezende, segue essa mesma linha de raciocínio.
Observar aspectos funcionais complementa a DEP
“Utilizamos muito a genômica, que auxilia nos acasalamentos dirigidos, não só para as DEPs, bem como para manter boa qualidade em aspectos funcionais como conformação, aprumos, evitar despigmentação etc. E, sem dúvida, o aparte com o olho humano e mão criteriosa para descartar os animais que tenham problemas ou não se adequem ao fenótipo desejado, fazem parte do processo”.
Esse é o recado dos líderes do TOP 100 para o mercado de genética da raça Nelore. Para ler a matéria completa, acesse o conteúdo do assinante e fique por dentro das discussões mais atuais na pecuária brasileira. Proteja seu rebanho.