Depois de frutas, verduras e até mesmo flores, chegou a vez de um ingrediente essencial na produção da cerveja ser plantado sem a necessidade de utilizar o solo: o lúpulo. A produção vertical do insumo no Brasil começará a ser experimentada em ambiente fechado e controlado em São Paulo por meio da técnica de hidroponia. Essa novidade, que marca também o Dia Internacional da Cerveja, neste dia 5, só será possível porque o Projeto Fazenda Santa Catarina, da Ambev, e a agtech 100% Livre se uniram para fomentar e incentivar a cultura do lúpulo brasileiro.
“Com a nossa tecnologia e expertise, vamos agora aprofundar e estudar a viabilidade técnica e econômica, junto com a área de pesquisa e desenvolvimento da Ambev, para desenvolver o lúpulo nacional em ambiente controlado”, afirma Diego Gomes, CEO e sócio fundador da 100% Livre. No momento, a empresa testa quatro cultivares diferentes do insumo cervejeiro e já começa a obter respostas distintas do que foi visto no campo, como, por exemplo, uma variedade que não se adaptou bem ao Brasil, dando resultados bem positivos. “Se o propósito da parceria for alcançado, poderemos produzir toneladas de lúpulo indoor”, afirma.
Diferentemente do que acontece com as hortaliças na fazenda vertical da 100% Livre, o lúpulo não será cultivado em prateleira. A estratégia é fazer andares de cinco metros de altura para conseguir trabalhar verticalmente. Atualmente, o que está sendo feito são estudos de produtividade nesse formato, um modelo que ainda não é utilizado na produção de ingredientes cervejeiros.
“O lúpulo no Brasil ainda está no estágio inicial de desenvolvimento, de forma que toda a tecnologia aplicada e conhecimento obtido de outras culturas são muito bem-vindos. Poder participar dessa frente de hidroponia indoor em larga escala, sem dúvida, é algo disruptivo e vai nos trazer grandes aprendizados. É mais uma forma de fomentar a cadeia de lúpulo no país”, comemora Felipe Sommer, Coordenador do Projeto Fazenda Santa Catarina, da Ambev.
Fonte: Ambev