O Relatório de Oferta e Demanda do USDA da semana passada reduziu a estimativa da safra 2024/25 de milho dos EUA de 386,18 milhões para 384,64 milhões, abaixo da expectativa média de 385,55 milhões, com impacto nos os estoques finais.
Já a produção brasileira segue estimada em 127 milhões de toneladas.
E no Mato Grosso, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) prevê uma redução na área de plantio do cereal devido a incertezas climáticas e margens de lucro menores, que desestimulam o cultivo.
Eleição de Trump
E a vitória de Donald Trump nas eleições americanas aumentou as expectativas de uma nova guerra comercial entre EUA e China, o que pode favorecer o preço do milho no Brasil, com os chineses direcionando mais suas compras para o mercado brasileiro.
Em resumo, o grão finalizou a semana passada cotado a US$ 4,31 por bushel em Chicago, uma alta de 3,86% para o contrato com vencimento em dezembro.
No Brasil, na B3, o preço do milho também apresentou valorização, com um aumento de 1,11%, para R$ 73,86 por saca no contrato de novembro.
No mercado físico, os preços variaram, com uma combinação de altas e baixas ao longo do país, com predominância das altas.
Exportações brasileiras
Atualmente, o milho brasileiro é o mais caro entre os países concorrentes, o que justifica o ritmo lento das exportações até o momento.
O acumulado até outubro está cerca de 30% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.
Se esse ritmo persistir, o Brasil poderá encerrar o ano com pouco mais de 40 milhões de toneladas embarcadas, abaixo do volume da safra 2020/21.
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Apesar dessa queda considerável, o total ainda deve superar a média dos últimos cinco anos, que foi de aproximadamente 40 milhões de toneladas.
Exportações norte-americanas
Enquanto o milho brasileiro tem pouca atratividade comercial, o cereal dos EUA é atualmente um dos mais baratos do mercado mundial.
Essa vantagem de preço tem impulsionado as exportações norte-americanas, conforme o relatório semanal do USDA.
Segundo o departamento, os EUA já comprometeram cerca de 28,5 milhões de toneladas para o ano-safra atual, em comparação com 19,2 milhões no mesmo período do ano passado, um crescimento de 40%.
A expectativa é que os EUA encerrem a safra com 59 milhões de toneladas exportadas, reforçando sua liderança global no setor.
Em síntese, segundo a plataforma Grão Direto, esta poderá ser mais uma semana positiva para o milho brasileiro, seguindo a tendência da última semana.
Fonte Grão Direto