Aproveitar a energia do sol na geração de energia elétrica em propriedades rurais e residências torna-se cada vez mais comum. É uma forma de contribuir com o meio ambiente, por meio do aproveitamento de fontes renováveis. Além disso, reduz custos de produção, economizando-se na conta de energia elétrica.
É com a consciência dessa importância que a Emater/RS-Ascar dará ênfase à energia solar fotovoltaica em uma das parcelas na Expodireto Cotrijal 2022, que ocorre em Não-Me-Toque, nesta semana (07 a 11/03).
Geração
Gerar a própria energia e injetar na rede está permitido no Brasil desde 2012, a partir da Resolução Normativa da Aneel nº 482. Com isso, o consumidor pode produzi-la partir de fontes renováveis. Pode, ainda ser um fornecedor de energia elétrica à rede pública. Na prática, isso permite que o excedente de energia produzido gere créditos e possa ser descontado na fatura da energia elétrica. Ou seja, acontece uma compensação.
“É uma tecnologia que se adapta muito bem à realidade de muitas propriedades rurais, podendo melhorar a renda dos agricultores de maneira sustentável e sem aumentar a demanda de mão de obra”, destaca o extensionista do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Casca, Maurício Dall Aqua. “Apesar de não remunerar diretamente, possibilita uma importante economia na tarifa energética”, ressalta Dall Aqua, que também é coordenador da parcela sobre o tema na Expodireto.
Autonomia
Além de reduzir os custos de produção, quem produz a própria energia tem maior autonomia no planejamento das próximas safras. Outro aspecto interessante é de que, com o sistema fotovoltaico, é possível levar energia elétrica para pontos isolados das propriedades. Portanto, pode ser aproveitado na instalação de fontes e cercas eletrificadas, por exemplo.
É possível produzir energia para diversas atividades, como:
- irrigação,
- ordenha,
- secagem e armazenagem de grãos,
- sistemas hidropônicos,
- criação intensiva de animais,
- abastecimento de agroindústrias, entre outros.
Estes sistemas podem ter diversas potências e funcionar em rede monofásica, bifásica ou trifásica. Para a implantação, a Emater/RS-Ascar orienta em relação à viabilidade técnica e econômica.
“Hoje existem linhas específicas de acesso ao crédito para estes sistemas. Como, por exemplo, o Pronaf para os agricultores familiares, ou outras linhas para os demais.”
Maurício Dall Aqua
Os agricultores interessados em saber mais sobre o tema podem ir até o espaço permanente da Emater/RS-Ascar na feira. Está aberta para visitação de 07 a 11/3, das 8h às 18h.
