Recentemente, em setembro, o Brasil recebeu a autorização do Canadá para exportar àquele país a erva-mate, além de produtos como feno e fibra de coco.
E em agosto a Indonésia também autorizou a compra da erva-mate brasileira.
Assim, o produto brasileiro já atende ao menos a 50 países.
E os três estados do Sul são os maiores produtores.
A conquista de novos mercados para a erva-mate brasileira foi destacada pelo presidente do Sindicato da Indústria do Mate do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimate-RS), Gilberto Heck, ao programa A Granja na TV, veiculado pela Ulbra TV na sexta-feira, 4.
“A gente está muito animado, o setor ervateiro. Nos últimos tempos nós estamos com uma aceitação muito boa da nossa matéria-prima, a erva-mate, em vários países”, resumiu.
“Quando analisamos todas as exportações nos últimos dois, três anos, abrangemos muitos países que anteriormente não compravam erva-mate. Tanto que temos a abertura de mercado como o Canadá, a Coreia do Sul, o Japão, todos mercados que não atendíamos antes e estamos começando a atender”, complementou.
Alimento funcional
“São pequenas exportações, volumes um pouco abaixo dos volumes usados normalmente para chimarrão, que no chimarrão normalmente se consome grandes porções de erva-mate. Mas a erva-mate, por ser um alimento funcional, tem servido para várias outras atividades além do chimarrão”.
Heck lembrou que além do uso para o chimarrão, a erva-mate tem sido utilizada para a elaboração de produtos como tererê, chá-mate, cosméticos, perfumaria como fixadora, além de componente em refrigerantes e cervejas.
“Em todos eles a erva-mate tem conseguido penetrar como uma matéria-prima”, destacou.
“Estamos com um aumento muito grande e, felizmente, a erva parece que está na vitrine, a nossa boa erva-mate, está bem exposta. Está tendo uma aceitação muito grande por vários outros tipos de produtos que são fabricados com ela”, comemorou.
Produto natural
O dirigente reassaltou que o chimarrão tem um apelo muito grande por ser benéfico para a saúde.
“E é um produto extremamente natural, que vem a substituir o refrigerante, as bebidas mais industrializadas, porque hoje o chimarrão, a erva-mate, não passa por processo de industrialização”, justificou.
Mais sobre o cultivo em Qual o potencial descarbonizante da erva-mate?
“O único processo por que ela passa é a colocação de calor para sapeco, para dessecar a folha e depois se trabalha basicamente para maturação e granulometria. Não tem nenhum processo químico, nem na indústria muito menos na área produtiva do setor privado”, acrescentou.
“Também é uma cultura que não usa defensivos químicos agrícolas, e isso tem dado uma notoriedade muito grande à erva-mate”.
Confira a entrevista completa no link abaixo, assim como mais informações sobre o agro no programa A Granja na TV, da Ulbra TV, edição de sexta-feira, dia 4 de outubro (Canal 48.1 TV Digital e 521 da NET Porto Alegre)