Contrariando as recentes decisões da União Europeia que estão motivando protestos massivos de fazendeiros por todo o bloco, a Eslováquia decidiu manter a proibição de importação de alimentos produzidos na Ucrânia para o seu país. A medida foi comunicada pelo primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, nesta quinta-feira (22).
A despeito das críticas recentes do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desferidas contra os produtores poloneses por quererem barrar as importações da produção agrícola do país do leste europeu, as quais eles afirmam que geram uma concorrência desleal no mercado polonês em função de não sofrerem com as mesmas normas impostas pela UE, Fico afirmou que, para o bloco europeu, “a coisa mais importante é que a Ucrânia esteja satisfeita”, em referência ao fato de que, para ele, a maior parte dos governantes da UE não se importam com a subsistência dos produtores rurais de seus próprios países, ao mesmo tempo em que parecem demonstrar enorme preocupação para com cidadãos de uma nação estrangeira.
UE renova acordo para mercado livre de importações da Ucrânia
Apesar dos protestos de fazendeiros que se estendem por toda a UE e que pedem o fim das importações de produtos agrícolas ucranianos, a maioria dos governantes que compõe o bloco votaram, nessa quarta-feira (21), pela manutenção do acordo de livre comércio entre os seus países-membros e a Ucrânia. Fico afirmou, porém, que o embaixador da Eslováquia, juntamente aos embaixadores da Hungria (governada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán) e da Polônia (governada pelo primeiro-ministro Donald Tusk), votou contra a renovação do acordo.