A produção brasileira de milho em 2021/22 deverá atingir 115,640 milhões de toneladas, segundo a nova estimativa divulgada nesta sexta-feira, 14, por Safras & Mercado. O volume é inferior às 116,085 milhões de toneladas previstas em dezembro.
“Entretanto, ainda fica bem acima das 90,77 milhões produzidas na temporada 2020/21. O ajuste em relação aos números divulgados no mês passado leva em conta os problemas de estiagem registrados nos estados do Sul do Brasil”, ressalta o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari.
Elevação
A área total de milho no Brasil deverá ocupar 21,265 milhões de hectares em 2021/22, frente aos 21,049 milhões de hectares previstos em dezembro. Ou seja, alta de 0,7% frente aos 21,108 milhões de hectares cultivados em 2020/21.
O rendimento médio das lavouras para a temporada 2021/22 deverá ficar em 5.438 quilos por hectare, superando os 4.300 quilos esperados para a safra 2020/21. Em dezembro, a produtividade média prevista era de 5.515 quilos por hectare.
Para a safra de verão 2021/22 a produção de milho foi revista para baixo novamente por Safras & Mercado devido às perdas de produção causadas pelo fenômeno climático La Niña no Paraná e no Rio Grande do Sul. A colheita deverá atingir 21,590 milhões de toneladas, aquém das 22,556 milhões de toneladas projetadas em dezembro e abaixo também das 21,645 milhões de toneladas colhidas na primeira safra 2020/21.
Quebras
Molinari destaca que a safra do Rio Grande do Sul tem quebras previstas até agora de 22,5% frente às 3,762 milhões de toneladas colhidas em 2020/21. Ficando em 2,914 milhões de toneladas, mesmo volume indicado em dezembro.
“A safra do Paraná tem uma expectativa de perda de 10,7% em relação às 4,157 milhões de toneladas produzidas na temporada de verão passada, ficando em 3,712 milhões de toneladas. Em dezembro, a safra paranaense havia sido indicada em 4,285 milhões de toneladas”, afirma.
A área plantada com milho na safra de verão 2021/22 do Centro-Sul do Brasil deverá ocupar 4,384 milhões de hectares. Portanto, 0,7% acima da cultivada na temporada 2020/21, que ficou em 4,352 milhões de hectares. Não houve mudanças em relação ao levantamento anterior.
Média
A produtividade média da safra de verão 2021/22 deve ficar em 4.924 quilos por hectare. Ou seja, abaixo dos 4.973 quilos por hectare obtidos na temporada 2020/21 e menor frente aos 5.144 quilos por hectare esperados em dezembro.
O analista comenta que, para a safrinha 2021/22, a área deverá crescer 1,1% na comparação com os 14,401 milhões de hectares cultivados em 2020/21. Assim, atingindo 14,561 milhões de hectares, acima dos 14,345 milhões de hectares previstos em dezembro.
A produtividade média da segunda safra deve chegar a 5.635 quilos por hectare, menor frente aos 5.695 quilos por hectare indicados no mês passado, mas superando os 3.968 quilos por hectare colhidos na safrinha 2021. “A produção da segunda safra 2021/22 deverá chegar a 82,051 milhões de toneladas, acima das 57,153 milhões de toneladas colhidas na segunda safra 2020/21 e à frente das 81,697 milhões de toneladas de milho previstas para a safrinha em dezembro” compara.
Para as regiões Norte e Nordeste, Molinari indica que a estimativa de área foi mantida em 2,319 milhões de hectares de milho, ante os 2,354 milhões de hectares cultivados na temporada 2020/21, recuo de 1,5%. A produtividade média poderá chegar a 5.174 quilos por hectare, acima dos 5.085 quilos por hectare obtidos na safra 2020/21. Em dezembro o rendimento médio havia sido indicado em 5.102 quilos por hectare.
“A produção nessas regiões foi ajustada para 11,998 milhões de toneladas, ante as 11,831 milhões de toneladas estimadas no mês passado. Com isso, o volume deve ficar levemente acima das 11,971 milhões de toneladas colhidas na safra 2020/21.”