A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de ontem, 6, com forte alta nos preços.
O mercado iniciou o dia operando em baixa, puxada pela forte valorização do dólar frente a outras moedas diante da vitória do candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, mas buscou uma recuperação diante destas perdas.
Os ganhos levaram em conta a demanda aquecida pelo milho voltado à produção de etanol nos Estados Unidos.
A previsão de que possa haver cortes nas estimativas de safra e de estoques finais da safra norte-americana em 2024/25, que poderá ser confirmada no relatório de oferta e demanda de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ser divulgado na sexta-feira, 8, também contribuiu para a valorização.
A produção de etanol de milho dos Estados Unidos cresceu 2,1% na semana encerrada em 1º de novembro, atingindo 1,105 milhão de barris diários, ante 1,082 milhão de barris na semana anterior, dia 19, segundo dados da AIE (Administração de Informação de Energia).
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Já os estoques de etanol dos Estados Unidos passaram de 21,8 milhões para 22 milhões de barris no mesmo período comparativo, aumentando 0,92%.
O país exportou ainda 109 mil barris de etanol nessa última semana, ante 60 mil, alta de 82%.
Taxas de juros
Por outro lado, com a vitória de Trump, houve um temor de que as taxas de juros nos Estados Unidos possam seguir elevadas para conter a inflação elevada.
Também foram pontuadas preocupações quanto a um acirramento da tensão comercial entre o país e a China.
Os contratos com entrega em dezembro de 2024 fecharam com alta de 7,75 centavos, ou 1,85%, cotados a US$ 4,26 1/4 por bushel.
Os contratos com entrega em março de 2025 fecharam com avanço de 7,00 centavos, ou 1,62%, cotados a US$ 4,39 por bushel.
Fonte: Safras & Mercado