A 47ª Expointer vai ter novidades: novas raças de ovinos e equídeos vão participar da feira pela primeira vez.
E duas raças, uma de bovinos e outra de caprinos, voltam a se inscrever na feira depois de alguns anos.
“A Dohne Merino é uma raça excelente produtora de lã fina e com excelente carcaça, tudo o que mercado está procurando”, destaca o produtor Fernando Martins, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Dohne Merino, que vai participar pela primeira vez da Expointer.
A Dohne Merino, conta Martins, está presente em diversas partes do mundo, na Austrália, no Uruguai, onde uma grande porcentagem do rebanho é Dohne ou cruza Dohne, na Argentina e no Chile.
Para a Expointer serão apresentados um borrego e duas borregas, já nascidos na propriedade.
“Livramento é uma região ovelheira e tradicionalmente laneira, e a raça se adaptou muito bem, os cuidados são os mesmos que se tem com outras raças e a adaptação foi muito boa”, afirma Martins.
15 raças ovinas
A Expointer tem 872 ovinos inscritos de 15 raças, 11% a menos do que em 2023, quando participaram da exposição 980 animais.
Outra raça que vai participar pela primeira vez é a de muares, com quatro exemplares.
O criador Martins Herman, do criatório Campeãs da Gameleira, de Itapetininga (SP), já apresentou no ano passado os jumentos Pêga e neste ano traz de novo dois jumentos desta raça, além dos muares.
“A expectativa é a melhor possível. Ano passado já foi muito bom, e neste ano é ainda mais fundamental a participação para quem carrega a Expointer, em função da tragédia que aconteceu no estado”, destaca Herman.
Segundo ele, é obrigação dar movimento e manter a economia ativa na Expointer, para que o Rio Grande do Sul possa se recuperar o quanto antes.
Os equídeos registraram aumento no número de inscritos, totalizando 835 animais de 11 raças. Em 2023 foram 819, aumento de 1,96%.
Volta da Senepol
A raça bovina de corte Senepol, retorna este ano para a feira, depois de uma última participação registrada em 2021.
São 18 exemplares do criador Emanuel Dier Penha, da Cabanha Ematholu, de Triunfo.
“Nós criamos Senepol, desde 2019, trabalhamos na venda de reprodutores, matrizes, sêmen e embriões”, destaca Penha.
Segundo ele, é uma raça rústica, dócil, de fácil manejo, com baixa incidência de carrapato e ótima cobertura a campo.
Entre as 15 raças de bovinos de corte, estão inscritos 615 animais, dois a menos do que em 2023.
Música clássica e parquinho
“Eu me apaixonei pela raça Saanem há três anos. Fui estudar, entender como criar, é a maior cabra de leite do mundo e hoje já tenho cinco exemplares da raça Saanem, dando cria, e outras cinco mini-cabras também”, destaca a engenheira aposentada de 65 anos Bernadete Batista, de Governador Celso Ramos, em Santa Catarina.
As cabras são tratadas com todo o cuidado, tem até música clássica e parquinho de brinquedos, conta a criadora.
O capril BBBAmbiental conta com a orientação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, a Epagri.
“É a primeira vez que participo da Expointer, estou muito ansiosa, é tudo muito novo para mim e estou querendo conhecer mais o funcionamento, as pessoas que trabalham no ramo”, destaca Bernadete.
A cabra que vai participar da Expointer se chama Katarina Will.
No total, são 101 animais inscritos de três raças: Saanem, Anglonubiana com 40 exemplares e Boer com 60 exemplares. As raças Kalahari e Savana, presentes em 2023, não estão participando neste ano.
Fonte: Seapi