Os protestos dos fazendeiros alemães contra o plano de tributação ao agronegócio que o governo esquerdista daquele país quer implementar permanecem. Neste exato momento, há uma enorme concentração de pessoas, muitas das quais portando a bandeira da Alemanha, em frente ao Portão de Brandemburgo, em Berlim (a capital), para onde manifestantes oriundos de diversas partes do país avançaram nesse domingo (14) com uma frota estimada em 3.000 tratores e 2.000 caminhões, totalizando cerca de 10.000 pessoas em marcha, segundo números da agência Reuters.
Pressionado, o governo do chanceler Olaf Scholz (Partido Social-Democrata da Alemanha/PSD) já recuou da proposta de retirada do desconto fiscal dado à compra de novos veículos agrícolas, bem como decidiu diluir ao longo dos anos o fim do subsídio ao diesel para produtores rurais. Contudo os fazendeiros não concordam com essa mera diluição, pois exigem a manutenção completa dos subsídios, a fim de que não se eleve a importação de alimentos no país, estrangulando a economia agrícola nacional.
Em meio a essas tensões, o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que tem um viés político mais à direita do que o PSD, tem ganhado força nas pesquisas de intenção de voto frente aos governistas para as eleições estaduais que devem ocorrer neste ano. O AfD apoia as manifestações dos trabalhadores rurais.