A França, a Romênia e a Alemanha têm sido palco de protestos de fazendeiros locais. Embora as reivindicações possam variar de um país a outro, no geral todos reclamam que as ações de seus governos estão prejudicando o agronegócio em seus países, tornando-o possivelmente inviável. A informação é do EuroNews.
França
Na França, na parte sul do país, a pressão gerada por grandes protestos que têm se estendido ao longo de vários dias, contando com o bloqueio de rodovias por parte dos manifestantes, levou o primeiro ministro Gabriel Attal a concordar em se encontrar com o presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores Agrícolas (FNSEA) da França, Arnaud Rousseau, nesta segunda-feira (22). Os manifestantes afirmam que as políticas de transição verde do governo francês acabam com a competitividade dos produtores agrícolas daqueles país e disseram ainda que isso não apenas torna as fazendas improdutivas, como também força os demais franceses a buscarem por produtos no exterior.
Romênia
Na Romênia, conforme as atualizações mais recentes, os protestos já duram uma semana e meia, com caminhoneiros e fazendeiros obstruindo as principais vias de acesso a Bucareste, a capital do país. Eles exigem que o governo reduza impostos e realize compensações por conta de perdas que teriam sofrido em razão das importações de produtos ucranianos naquele país. Além disso, uma vez que as negociações recentes com o governo falharam, os manifestantes também afirmam que não desobstruirão as estradas tão cedo.
Alemanha
No último sábado (20), em Berlim – capital da Alemanha -, fazendeiros se manifestaram ao lado de ativistas do clima, afirmando que eles apoiam totalmente que se faça uma produção agrícola sem modificações genéticas no país e que seja “amiga do meio-ambiente”. Para fazerem essa transição, no entanto, eles disseram que necessitam de subsídios ou, no mínimo, de preços justos para os seus produtos, algo que o governo estaria evitando em ceder, principalmente após o projeto orçamentário de cancelamento de subsídios e taxação ao agro aprovado pelos progressitas que governam o país, razão pela qual os fazendeiros estão desde dezembro nas ruas protestando.