As exportações de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 130,9 mil toneladas em outubro.
A informação é a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O número é o segundo melhor saldo mensal da história do setor, e supera em 40,7% as exportações registradas no mesmo período do ano passado, com 93 mil toneladas.
Em receita, o saldo é recorde: total de US$ 313,3 milhões em outubro, superando em 56,4% o total realizado no décimo mês do ano passado, com US$ 200,3 milhões.
No ano (janeiro a outubro), as exportações de carne suína acumulam alta de 10,7% em volumes, ou 1,121 milhão de toneladas exportadas nos dez primeiros meses de 2024, contra 1,013 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior.
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A receita de exportações em 2024 também é positiva, com alta de 5,2%, com total de US$ 2,482 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, contra US$ 2,361 bilhões no mesmo período do ano passado.
Novo líder
No levantamento por destino, as Filipinas assumiram, pela primeira vez, o primeiro lugar nas exportações de carne suína do Brasil no acumulado do ano.
São 206 mil toneladas embarcadas entre janeiro e outubro, saldo 103,3% maior em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em seguida estão China, com 199,9 mil toneladas (-40,6%), Chile, com 92,5 mil toneladas (+33,9%), Hong Kong, com 89,4 mil toneladas (-11,8%) e Japão, com 75,8 mil toneladas (+137,2%).
Após anos como principal destino das exportações de carne suína do Brasil, a China cedeu lugar para as Filipinas, em um momento em que vemos o setor ampliar significativamente a capilaridade de suas exportações. No mês de outubro, dos dez primeiros importadores, apenas dois não registraram crescimentos expressivos, o que coloca a suinocultura exportadora do Brasil em um novo quadro, com maior sustentabilidade comercial.
Ricardo Santin, presidente da ABPA
Estados
Santa Catarina segue como principal exportador de carne suína, com 68,6 mil toneladas exportadas em outubro, saldo 45,7% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
Em seguida estão Rio Grande do Sul, com 27,6 mil toneladas (+25,6%), Paraná, com 20,6 mil toneladas (+44,5%), Mato Grosso, com 3 mil toneladas (-19,2%) e Mato Grosso do Sul, com 2,9 mil toneladas (+54,6%).
Fonte: ABPA