O clima na América do Sul continuará sendo fator muito importante para o mercado do milho.
Isso se dá devido ao impacto que pode promover na evolução do plantio no Brasil.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que a semana será marcada pela permanência de chuvas em praticamente todo território nacional.
Os maiores volumes acumulados serão em Goiás, parte de Minas Gerais, leste do Tocantins e sul da Bahia.
Há, também, possibilidade de ocorrência de granizo nas regiões Centro-Oeste e Sul.
Além disso, há indicativos de precipitações na Argentina. E isso possibilitaria a evolução do plantio na região, bastante atrasado.
Milho brasileiro cobiçado
Em relação às vendas, o mercado interno deverá continuar comprando. A ideia é suprir sua necessidade até o fim do ano.
Com isso, de acordo com a Grão Direto, a maior plataforma de comercialização digital de grãos da América Latina, o mercado externo continuará cobiçando o milho brasileiro.
Isso ocorre diante das incertezas do fornecimento dos outros países.
E com a proximidade do fim do ano, em comparação com anos anteriores, os armazéns precisarão esvaziar seus estoques para fazer a manutenção de suas estruturas. O objetivo é começar a receber a safra 2022/23.
Dessa forma, considerando o grande volume ainda restante para venda, poderá haver pressão de oferta. O que provocará um contrapeso para as cotações.
Cotações valorizadas

Diante de todo esse contexto, as cotações brasileiras poderão ter uma semana de valorização ante a semana anterior.
A semana passada foi marcada por leves valorizações no mercado físico.
A explicação: pressão pelo aumento da demanda interna de confinamentos, granjas e indústrias.
Já Chicago finalizou a semana com queda de 3,38%. Encerrou US$ 6,57 por bushel.
É que refletiu os números do Relatório de Oferta e Demanda Mundial (WASDE), divulgado dia 9 pelo USDA.
Além disso, o dólar teve uma semana de forte valorização. E fechou a sexta-feira a R$ 5,33 (+5,36%).
O relatório elevou para 353,84 milhões de toneladas a produção norte-americana.
Assim, aumentou os estoques finais daquele país para 30,20 milhões de toneladas.
Apesar do atraso no plantio da Argentina, não houve alterações nos números deste relatório.
Plantio e produção do Brasil
E a produção brasileira foi mantida em 126 milhões de toneladas.
E o plantio segue evoluindo. Já alcançou 43% da área prevista.
De acordo com o boletim publicado dia 7 pela Conab, a semeadura em estados como o Paraná, por exemplo, aproximava-se da conclusão, com 91%.
Em Minas Gerais, o retorno das chuvas e da umidade do solo estão colaborando para a evolução do plantio. As lavouras mineiras estavam em 36,7%.
Mas as baixas temperaturas prejudicam o desenvolvimento inicial das lavouras em várias regiões.
Argentina em atraso
O alerta do atraso no plantio da Argentina ainda persiste. E isso provocava preocupação acentuada ao mercado.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou, no dia 10, que o plantio atingiu 23,4% da projeção total. Tinha avançando apenas 0,5% em relação à semana anterior.
Além disso, as condições de lavouras boas ou excelentes aumentaram para 9%. Contra 84% do mesmo período da safra passada.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br