Um resultado de mais de 200 sacas de milho por hectare poderia mudar a situação do grão no país, que tem, atualmente, em média, 92 sacas por hectare. Foi o que conseguiram os vencedores do concurso do Grupo Tático de Aumento de Produtividade de Milho (Getap). O grupo é uma iniciativa de mostrar, depois de analisar os últimos 25 anos da produção de milho no país, que existe potencial para vencer, com folga, o que é obtido nas lavouras brasileiras.

Resultados

Nos dias 10 e 11, o Fórum Nacional Getap vai apresentar os resultados dos 52 produtores participantes do concurso, que tiveram as lavouras avaliadas por auditorias independentes. O diretor da Consultoria Céleres e idealizador do grupo, Anderson Galvão, explica que o evento, realizado em plataforma digital, vai trazer os principais pilares que contribuíram para os resultados como manejo, economia e mercado, e sustentabilidade. Ele foi entrevistado no Coffee Break pelo editor da Revista A Granja, Leandro Mariani Mittmann.

“Não existe ‘pó de pirlimpimpim’ para alcançar boas produtividades. A boa seleção de tecnologia, o manejo correto, e a gestão de pessoas, de tecnologia, e agronômica são o grande segredo que vale para milho, algodão, batata, soja ou qualquer cultura.”

Anderson Galvão

O diretor explica que o produtor precisa ter segurança para apostar na cultura. Por isso, conforme o especialista, um produtor só vai investir na atividade se tiver atratividade e sustentabilidade econômica. “Antes, em um ano, ele ganhava e, no outro, perdia. Em tendo rentabilidade, o produtor sente-se incentivado a investir em tecnologia, com compromisso com a sustentabilidade ambiental.

Área

Outro dado que Galvão pontua é que o nível de produtividade independe do tamanho da área. Participaram do concurso produtores com lavouras de 300 até 10 mil hectares. Segundo ele, o que está presente em todos os casos é o manejo utilizado: prática de rotação de culturas, plantio direto, nutrição, manejo de pragas e a escolha da genética. “Não adianta fazer o dever de casa e errar na semente. A semente junto com a condição ambiental é o que vai definir o teto da produção da localidade”.

No comitê executivo do Getap estão nomes como Ivan Wedekin, Enilson Nogueira, Samanta Pineda, Décio Gazzoni e Roberto Rissi. E eles serão palestrantes no fórum que vai apresentar dados e números que constroem esses pilares fundamentais para melhorar a produtividade do cereal no país. Para participar do Fórum Getap basta acessar o site clicando aqui.

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Foto de capa: Wenderson Araújo/CNA