Há chance de um rally dos preços do trigo similar ao visto entre fevereiro e março do ano passado, com o início da guerra na Ucrânia. Conforme o diretor da consultoria SovEcon, Andrey Sizov, uma potencial escalada do conflito pode vir do lado ucraniano.
Em postagem no Twitter, na sexta-feira, o analista se mostrou cético quanto a um ataque da Ucrânia a embarcações rumando à Rússia, mas não descartou a possibilidade de tentativas de interromper os embarques através de bombardeios à ponte da Crimeia, que impactariam os carregamentos nos portos do Mar de Azov ou em Novorossiysk, no Mar Negro.
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“Se algo grande acontecer na região, podemos ver um rally similar ao de fevereiro/março de 2022. A Rússia tem quase 50 milhões de toneladas de trigo para exportar”, disse.
Divisor de águas
Na mesma publicação, no dia 21, Sizov disse que potenciais russos ataques aos portos ucranianos no rio Danúbio poderiam ser um “divisor de águas”. Ele acreditava, no entanto, que as chances eram “baixas”. Nesta segunda-feira, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) reage aos bombardeios aos terminais da região, que se concretizaram na última madrugada.
Preços em Chicago
No momento, os contratos com entrega em setembro de 2023 sobem 8,6% em Chicago, no limite de alta para a sessão. Cotados a US$ 7,57 1/2 por bushel, estão nos maiores níveis desde 26 de junho.
No início da guerra, os contratos superaram os US$ 13,40 por bushel, chegando aos maiores níveis da história. A valorização superou 50% em apenas sete sessões a partir da invasão russa.
Fonte: Agência SAFRAS