O trabalho e as causas do Instituto Desenvolve Pecuária foram a pauta do programa A Granja na TV de terça-feira, 14, veiculado pela Ulbra TV.
A presidente da jovem iniciativa, Antonia Scalzilli, relatou que o Instituto nasceu em meio à pandemia, a partir de um grupo de WhatsApp de pecuaristas inconformados, “entendendo que a gente precisava se unir para evoluir e avançar como pecuária do Rio Grande do Sul”.
No primeiro ano, relata, todas as partes da cadeia se reuniram à mesa para dialogar.
“E foi tão proveitosa a conversa que se criou um relacionamento, um entendimento de que uma parte precisa da outra, que precisa conversar, entender que um precisa do outro”, conta.
Os dois anos foram de “bastante conversa”, para identificar as pessoas e olhar na mesma direção.
E desde então já foram promovidos três fóruns, sendo que a recente terceira edição se concluiu pela união todos os elos da cadeia, visto a ideia de “completa desunião e desavenças de lado a lado”.
Comunicação
A proposta para este ano é avançar, focar na comunicação, ressalta Antonia.
“Porque a gente percebe que o consumidor urbano não conhece o sistema produtivo da pecuária. Ele não sabe como aquela carne que ele encontra na gôndola é produzida, qual é o sistema”, entende.
“Precisa entender que a gente tem uma pecuária de qualidade, ainda mais neste ano que se falou tanto em enaltecer aquilo que é nosso, valorizar aquilo que é nosso”, avalia.
Antonia ainda destaca que além do “fora da porteira”, a Instituto busca a conscientização sobre a importância das melhorias internas, na etapa “antes da porteira”.
E neste sentido novas gerações estão assumindo os negócios.
“Tem que evoluir. Quem não evoluir, não modificar seu formato de trabalho vai ser levado”, avalia.
Afinal, segundo ela, estima-se que 50% dos atuais pecuaristas não vão estar na atividade em 2040.
“Ou as novas gerações entram e fazem diferente… porque hoje as estâncias são empresas rurais no ambiente rural. E a gente precisa ter método, ter a empresa na mão, dados, para saber onde precisa evoluir”, adverte.
“Então, eu acredito muito numa mudança de comportamento, de entendimento destas gerações que estão vindo. Muita gente está vindo para a pecuária de outros lugares, o que é muito bom, porque são ideias novas”, acrescenta Antonia.
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Conforme a dirigente, existe “o entendimento que o RS precisa recuperar o status que já teve, que hoje nós perdemos”.
“Então, acredito muito nessa juventude, que vai ser diferente, que vai ter resultados diferentes, fazendo diferente”, revela.
Conheça mais sobre o Instituto na entrevista completa de Antonia, assim como outras informações relevantes sobre o agro no programa abaixo.