No mercado físico do boi gordo, o jogo virou a favor dos pecuaristas. Passados 103 dias de embargo chinês à carne brasileira, o Brasil volta a exportar carne bovina à China. Com a notícia, boa parte dos frigoríficos ficou fora das compras para traçar estratégias para os próximos dias. Entretanto, agora é o produtor quem decide pelo melhor negócio a ser feito.
Segundo a Agrifatto Consultoria, a referência balcão em São Paulo ficou em R$ 310,00/@. No entanto, os negócios devem se avolumar próximo aos R$ 325,00/@ nos próximos dias.
Futuro
Na B3, o contrato futuro do boi gordo com vencimento para dez/21, encerrou o dia com forte valorização de 4,72% no comparativo diário, ficando cotado a R$ 325,85/@. Já no mercado atacadista, apesar de uma leve melhora no escoamento da proteína vermelha, o movimento no varejo ainda é considerado fraco e insuficiente para evitar devoluções parciais.
As cotações dos principais cortes bovinos comercializados seguem estáveis e ainda pouco competitivos frente às proteínas concorrentes. Com isso, a carcaça casada bovina segue cotada em R$ 18,50/kg, com possibilidade de reajustes baixistas para os próximos dias.
Exportação
De acordo com a Scot Consultoria, de janeiro a novembro de 2021, o Brasil faturou US$3,8 bilhões com a exportação de 716,2 mil toneladas de carne bovina in natura para a China. Esse faturamento e volume representam, respectivamente, 52,5% e 50,0% na participação de toda a carne in natura exportada.