Operação de fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu a comercialização de 151.449 garrafas de azeite de oliva em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Goiás, Paraná e Santa Catarina. A ação combate fraudes em azeites de oliva e retirou das prateleiras dos supermercados os produtos considerados impróprios ao consumo.
O azeite é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado. Considerando-se que o consumo deste produto aumenta nas festas de final de ano, a ação do Mapa teve como objetivo inibir a venda dos itens adulterados.
Para evitar comprar produto fora dos critérios de conformidade da classificação de azeite de oliva, confira algumas sugestões:
Os resultados da operação foram divulgados em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (16), em Porto Alegre. Acompanhe aqui o áudio da entrevista.
Marcas
Ao todo, foram encontradas 24 marcas irregulares em supermercados (lista no final). As irregularidades são produtos sem registro no Mapa, fraudados, clandestinos e contrabandeados. Ainda durante a ação, foram encontradas três fábricas clandestinas que estavam envasando azeites que nada mais eram do que mistura de óleos vegetais de procedência desconhecida. Também foi suspenso o registro de uma fábrica no interior de São Paulo, após a constatação de adulteração na fabricação de seus produtos durante o ano de 2021.
“Os consumidores não devem comprar os azeites dessas marcas divulgadas pelo Mapa. Fica o alerta também para os supermercados, pois o local que estiver com um desses produtos expostos à venda se responsabilizará pela irregularidade e responderá perante o Ministério com multas que podem chegar a R$ 532 mil reais”, destacou o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos Origem Vegetal, Glauco Bertoldo. Os azeites eram comercializados em todo o país.
Tipos
O azeite de oliva virgem pode ser classificado em três tipos: o extra virgem (acidez menor que 0,8%), virgem (acidez entre 0,8% e 2%), lampante (acidez maior que 2%). Os dois primeiros podem ser consumidos in natura, mantendo todos os aspectos benéficos ao organismo. O terceiro, tipo lampante, deve ser refinado para ser consumido, quando passa a ser classificado como azeite de oliva refinado. A análise é complexa, exige treinamento e equipamentos sofisticados. As fraudes dos produtos são confirmadas em laudos analíticos avaliados pela rede oficial de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA).
A operação contou com apoio da Anvisa, Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais, Ministério Público e Polícia Civil. O trabalho conjunto se mostrou fundamental para um resultado mais efetivo da fiscalização no combate às fraudes.
Marcas interceptadas no mercado em 2021:
- Alcazar
- Alentejano
- Anna
- Barcelona
- Barcelona Vitrais
- Castelo dos Mouros
- Coroa Real
- Da Oliva
- Del Toro
- Do Chefe
- Épico
- Fazenda Herdade
- Figueira da Foz
- llha da Madeira
- Monsanto
- Monte Ruivo
- Porto Galo
- Porto Real
- Quinta da Beira
- Quinta da Regaleira
- Torre Galiza
- Tradição
- Tradição Brasileira
- Valle Viejo
Consumidor
A fraude mais comum na fabricação de azeite de oliva é a mistura de óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais. Também são encontrados casos de azeite de oliva refinado vendido como azeite extra virgem.