No primeiro bimestre foram processadas 5,6 milhões de toneladas de soja, para uma amostra representativa de cerca de 84% do esmagamento do grão no Brasil. Os números, da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), indicam um incremento superior a 18% no comparativo com o mesmo período de 2021.
As exportações totais do setor, conforme dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apresentaram elevado crescimento no acumulado de janeiro a março em relação ao mesmo período do ano anterior.
E bateram novos recordes, com aumentos de 36% para a soja em grãos (21 milhões de toneladas), 42% para o farelo de soja (4,5 milhões de toneladas) e 127% para o óleo de soja (480 mil toneladas).
Postergação de esmagamento
A destacar que estas diferenças sobre o ciclo passado também estão influenciadas pelo atraso da colheita em 2021 que levou à postergação do esmagamento. Esse fator e a conjuntura internacional atípica resultaram nessas variações, mas elas não podem ser extrapoladas para todo o ano de 2022.
Projeções para 2022
As projeções anuais da Abiove para o complexo soja em 2022 foram alteradas apenas na variável exportação do grão. Está reduzida de 77,7 milhões de toneladas para 77,2 milhões, o que resultou em um aumento do estoque final projetado para o ano. As estimativas para o processamento de soja seguem em 48 milhões de toneladas e a produção de farelo e óleo em 36,7 e 9,7 milhões de toneladas, respectivamente.
Também foram alterados os preços médios de referência das exportações, cuja soma deverá atingir valor próximo de US$ 56 bilhões em 2022, mais um novo recorde.
Fonte: Abiove