Na sexta haverá a divulgação do Relatório de Oferta e Demanda Mundial (WASDE), do USDA.
Serão anunciadas as expectativas para a próxima safra do milho.
O relatório vai destacar as condições climáticas no Brasil, que estão de acordo com o esperado. Com apenas alguns casos extremos e pontuais.
O relatório deve apresentar uma redução na produção da Argentina, diante da baixa umidade.
Caso haja uma diminuição expressiva, Chicago deve responder positivamente a isso.
Além disso, o clima na América do Sul vai continuar sendo um fator muito importante diante da evolução do plantio.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) projeta chuvas volumosas para todo o Brasil, com exceção do nordeste.
As precipitações poderão ser mais volumosas no cinturão produtor da Argentina. Isso traria alívio para os produtores que continuam avançando no plantio.
Novembro de exportações históricas
Segundo Sene, o mercado externo poderá ter mais um mês bastante expressivo em compras.
Isso representa concorrência para o mercado interno.
E a continuidade do movimento de esvaziamento do estoque dos armazéns, para fazer manutenções de suas estruturas e começar a receber a safra 2022/23, vai continuar sendo um contrapeso nas cotações.
Diante disso, as cotações brasileiras poderão ter uma semana de valorização, em relação à semana anterior.
Assim, deverá prevalecer o movimento de demanda interna e externa no Brasil.
Mercado doméstico
A demanda interna do cereal segue aquecido.
Porém, o volume de oferta ainda é grande.
Isso vem pressionando as cotações do mercado físico, que fecharam a semana passada com leve desvalorização.
Já Chicago teve queda expressiva: US$ 6,35 por bushel (-4,80%).
O principal motivador da queda foi a boa perspectiva sobre a safra no Brasil.
Além disso, o dólar também caiu, -3,61%, para R$ 5,22.
Plantio em evolução
Vale destacar que o plantio no Brasil segue evoluindo.
Segundo a Conab, até o dia 28 de novembro tinha alcançado 68,6% da área.
Em MG, 83%. E no PR 98%, com a maioria das lavouras apresentando boas condições vegetativas.
J;a na BA, com a regularização das chuvas, houve aumento do ritmo de semeadura, para 55%.
Argentina difícil
Na Argentina a situação ainda continua crítica pelo clima.
Apenas 25,4% de todas as áreas estavam plantadas. Evolução de apenas 1,6% na semana.
Além disso, as lavouras semeadas encontram-se com a qualidade comprometida.
Foi o que informou o boletim de condições de cultivo, divulgado pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA).
Exportações
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou em novembro 6,06 milhões de toneladas.
Isso representa aumento de 153,2% sobre novembro de 2021. Naquele mês foram aproximadamente 2,4 milhões.
Ruan Sene, analista da plataforma Grão Direto, acredita que esses números reforçam nossa previsão, divulgada pela plataforma, de um possível recorde de exportação já em 2022.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br
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