As condições climáticas deverão continuar influenciando o mercado de soja nesta semana. Isso conforme o plantio vai avançando e se desenvolvendo nas lavouras brasileiras.
Diante do retorno às compras da China, os números referentes às exportações deverão ser acompanhados de perto. Assim como a evolução do fenômeno La Niña. Ambos são fatores que favorecem a alta em Chicago.
Colheita americana
Segundo o analista da Grão Direto Ruan Sene, o progresso da colheita norte-americana também continuará no radar do mercado, perto de uma consolidação dos números.
Já o dólar poderá continuar com o movimento de alta diante das incertezas econômicas mundiais. Caso Chicago feche em alta, somado a valorização do dólar, a semana poderá ser marcada por aumento nos preços, isso em relação à semana anterior.
Chicago a US$ 14
A semana foi marcada por muitas oscilações em Chicago
O contrato com vencimento em novembro/2022 fechou a sexta-feira a US$ 13,83 o bushel (+1,32%), e o contrato março/2023, fechou a semana no campo positivo, a US$ 14,00 (+0,98%).
O principal causador dessa oscilação foi a divulgação do Relatório de Oferta e Demanda pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
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A produção norte-americana foi reduzida em 1,78 milhão de toneladas, para 117,38 milhões de toneladas. Sene afirma que o mercado esperava um aumento da produção. Os estoques finais foram mantidos em 5,44 milhões, compensado pela redução do número de exportação.
Em contrapartida, a produção do Brasil foi ampliada, de 149 milhões de toneladas no mês anterior para 152 milhões neste mês. No exterior, a safra da Argentina foi mantida em 51 milhões de toneladas.
Com isso, os estoques finais mundiais saíram de 98,92 milhões no mês de setembro para 100,52 milhões de toneladas neste mês. Ou seja, ampliação de +1,60%.
Plantio no Brasil
No Brasil, o plantio segue evoluindo, porém em ritmos mais lentos. De um lado, há chuvas constantes e o excesso de umidade no Sul do Brasil. Enquanto do outro, precipitações irregulares e a baixa umidade do solo no Centro-Oeste e Sudeste.
Previsões do Centro de Previsões Climáticas (CPC/NOAA) indicam que a influência do fenômeno La Niña ocorra já no mês de novembro, causando um alerta sobre a expectativa de produção recorde de 152 milhões de toneladas.
O dólar na semana passada foi de forte valorização. E fechou sexta-feira aR$ 5,32 (+2,11%). O cenário de incertezas, fortalece a possibilidade de uma recessão mundial, principalmente após a divulgação dos números da inflação norte-americana que veio acima do esperado.
Dessa forma, o Banco Central dos EUA, deve manter o aumento agressivo das taxas de juros, favorecendo o dólar globalmente.
A alta expressiva do dólar somado a valorização de Chicago, fizeram com que as cotações do mercado brasileiro fechassem a semana com valorização, em relação à semana anterior.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br
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