Com cerca de 5,5 milhões de cabeças de equinos, o Brasil tem hoje o quarto maior rebanho de equinos do mundo, ficando atrás apenas da China, México e EUA. Responsáveis pelo desenvolvimento dos principais ciclos econômicos do país, desde o Pau-Brasil, passando pelo açúcar e os metais preciosos, esses animais continuam movimentando a economia no século XXI, seja na lida, no lazer ou nas competições.
Segundo estudo que está em andamento e é coordenado pelo engenheiro agrônomo e professor doutor do departamento de economia, administração e sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), Roberto Arruda Souza Lima, o setor equestre tem uma movimentação financeira hoje que supera R$ 30 bilhões e emprega mais de três milhões de pessoas no Brasil.
“O universo que gira em torno da cadeia produtiva e dos negócios da equinocultura vai muito além da compra e venda dos animais. Outros vários segmentos estão relacionados com a criação da raça como fábricas de ração, feno, indústria farmacêutica, ferrageamento, selarias, serviços veterinários, entre diversos outros”, destaca a presidente da ABCCMM, Cristiana Gutierrez.
Entre os destaques desse nicho econômico estão os animais da raça Mangalarga Marchador, que lideram esse rebanho correspondendo a 31% do plantel brasileiro. Fruto do cruzamento de cavalos Álter, de origem portuguesa, com éguas selecionadas para sela, o sucesso da raça se deve à versatilidade que o animal apresenta: o atual plantel de 709 mil cabeças se divide entre animais utilizados no lazer, esporte e trabalho.
A diretoria da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) garante que o cenário é otimista. Hoje a entidade congrega 22 mil associados ativos divididos em 50 núcleos nacionais e internacionais. Números que não param de crescer, são centenas de novos criadores do Mangalarga Marchador todo mês.