O ano de 2022 também foi um ano difícil para os vendedores de touros. Enquanto alguns players do mercado reduziram drasticamente a oferta de reprodutores ou até cancelaram leilões já consolidados no calendário pecuário, outros conseguiram aumentar as vendas sensivelmente e manter as médias.
Não adianta se enganar, quem é do setor sabe que não foi simples vender touros em 2022, um ano que o leiloeiro Lourenço Campo definiu como desafiador.
“Os números nos mostram um ano um pouco melhor [para a leiloeira] que o anterior, tanto na quantidade de venda, quanto nas médias. Porém, um ano mais difícil de finalizar o leilão. Um ano mais desafiador, com várias interferências externas e do próprio negócio”, afirmou.
O diretor da Central Leilões cita dois agentes bem significativos para a conjuntura negativa: a política, já que o ano de eleição trouxe grandes inseguranças sobre os rumos do setor, e a instabilidade nas cotações da arroba bovina.
“A política atrapalhou todo o setor da economia e o comércio de leilão não passou alheio a isso. Também tivemos uma maior volatilidade na arroba do boi gordo, fator que complica muito o negócio”, diz.
Ainda assim o mercado de touros seguirá firme
O principal motivo da venda de touros é para melhorar o rebanho, uma vez que os criadores, para atender às necessidades do mercado, querem produzir genética de boa qualidade para terem bezerros mais pesados e com características positivas.
“Vemos nossa carne em muitos pratos no mundo todo e isso nos deixa tranquilos de que a necessidade do mercado externo e interno vai absorver toda a nossa oferta com preços que cubram muito bem o custo de produção e que tragam algum lucro aos pecuaristas. E isso se concretizando, a expectativa é de que o mercado de touros também gire bem”, explica.
Notícia editada com base nas análises do Guia do Criador 2023, o anuário da Revista AG PEC.