O plantio da safra brasileira de milho segue pressionado pelas adversidades climáticas e fazendo pressão, no médio prazo, sobre o início da safrinha 2024.
Já a Anec reduziu em 700 mil toneladas a expectativa das exportações brasileiras.
Apesar disso, espera-se que o volume permaneça acima de 8 milhões de toneladas em outubro.
O Secex reportou 3,9 milhões de toneladas exportadas até a semana passada, 24% acima do mesmo período ano anterior.
Exportações americanas
O Relatório do USDA do dia 16 apontou embarques de milho abaixo da expectativa para os EUA.
Foram 434 mil toneladas, contra 550 mil como mínimo esperado.
Apesar disso, o país segue com as exportações acima do resultado do último ano, assim como o Brasil.
As cotações de Chicago finalizaram a semana cotadas a US$ 4,95 o bushel (+0,20%) para o contrato com vencimento em dezembro/23.
E a maioria das regiões brasileiras apresentou aumento de preços ao longo da última semana.
Reflexo do atraso da soja
Já era consenso entre o mercado a redução de área para plantio do milho safrinha.
Mas com o atraso no plantio da safra de soja, essa redução poderá ser ainda maior.
Condições de lavouras no Sul
O plantio do milho primeira safra segue avançando no Sul e com boas condições no RS, SC e PR.
Há previsão de mais chuvas para as regiões produtoras do Sul, o que manterá as boas condições das lavouras e contribuirá para o avanço do plantio.
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Milho & petróleo
O uso de milho para etanol aumentou em 3,90% nos Estados Unidos quando comparado à mesma época do ano passado.
Isso mostra a boa margem que as destilarias norte-americanas estão tendo.
O que pode aumentar caso haja mais altas nos preços dos combustíveis derivados do petróleo.
Com a oferta de milho sendo absorvida pela indústria americana, o mercado de exportação se torna menos atrativo, gerando estímulos para compra do milho brasileiro.
Argentina
O plantio da safra argentina começou atrasado, mas acelerou com as boas condições climáticas.
Com previsão de boas chuvas para as regiões produtoras, a evolução do plantio pode alcançar a média histórica de cinco anos.
A escassez de chuvas pode, em algum momento, impactar positivamente as cotações futuras do milho para a segunda safra.
Para o milho disponível brasileiro, poderá ser uma semana sem movimentos significativos, de resultados mistos.
Fonte: Grão Direto