As condições climáticas deverão continuar no centro das atenções do mercado do milho nesta semana. Isso ocorre diante do avanço do plantio e desenvolvimento inicial da área semeada. É a avaliação de Ruan Sene, analista da Grão Direto, a maior plataforma de grãos da América Latina.

Conforme o analista, diante do cenário global de aumento da escassez do cereal no mundo, não há fundamentos para quedas significativas em preços nesse momento.
Porém, ainda há uma forte influência do mercado financeiro de uma possível recessão econômica global. Sendo assim, as cotações poderão ter uma semana de continuidade nas leves quedas.
A semana passada foi marcada por desvalorizações nos preços do mercado físico. O que acarretou poucas negociações por parte dos produtores.
Além disso, o plantio da safra 2022/23 segue evoluindo. O plantio de milho alcançou 75% das áreas projetadas no Paraná. Seguido de Rio Grande do Sul com 74%, e Santa Catarina com 69%.
Em nível nacional, o plantio atingiu 30,9%.
Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Argentina atrasada
Enquanto isso, na Argentina o plantio chegou a somente 17% da área projetada, contra 99,3% do mesmo período do ano anterior. É o que informa a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.
A falta de chuva diante dos efeitos do fenômeno La Niña vem sendo o principal motivo do atraso.
Exportações: +80%
As exportações seguem bastante aquecidas no Brasil, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Até dia 17, tinha sido embarcado 80% a mais que todo mês de outubro de 2021.
De acordo com a Grão Direto, isso reforça a expectativa de que o mês de outubro possa superar o mês de agosto deste ano, que foi o maior até agora.
Chicago finalizou a semana passada com queda de 1,01%, a US$ 6,83/bushel. Já o dólar teve uma semana de desvalorização, cotado na sexta a R$ 5,15 (-3,20%). Com a queda do dólar e de Chicago, as exportações ficam menos atrativas.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br
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