O mercado do milho em Chicago monitora de perto o clima do cinturão produtor norte-americano durante esta semana, que está em desenvolvimento final das lavouras da nova safra.
Conforme a plataforma Grão Direto, além disso, a expectativa da continuidade no alto volume de exportação no mês de setembro servirá de suporte para as cotações brasileiras. Dessa forma, os preços poderão ter uma semana de alta.
Na semana passada, as cotações do cereal brasileiro se mantiveram relativamente estáveis. Foram sustentadas pelas exportações aquecidas do cereal, apesar de continuar sendo pressionado pelo alto volume de oferta, ocasionado pela boa produção na safrinha 2022.
Mais exportações
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), na primeira quinzena de agosto o Brasil superou em 8,5% o volume de todo o mês de agosto de 2021. E atingiu um volume acima de 4,7 milhões de toneladas. Assim, tem potencial para ser um dos melhores meses em exportação nos últimos anos.
Além disso, entre janeiro e julho, segundo Ruan Sene, analista da Grão Direto, as exportações aumentaram 85,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em relação à safra norte-americana, o clima foi o centro das atenções, pois houve poucas chuvas nas principais regiões produtoras do cereal.
No mais, aconteceu o Pro Farmer Crop Tour: projeto que traz informações, por meio de amostragens no campo, sobre os prováveis rendimentos de milho e soja norte-americanos nos níveis estaduais e regionais.
EUA: 349,5 milhões de toneladas
Para o milho, foi estimada produção de 349,5 milhões de toneladas, com rendimento médio projetado em 175,84 sacas por hectare.
Os números foram abaixo dos projetados pelo USDA no último relatório, agravando ainda mais a produção americana.
Em Iowa, maior estado produtor de milho dos EUA, a produtividade média estimada teve uma redução de 3,6%.
Nessa mesma linha, na Dakota do Sul, estima-se que será a pior safra em 11 anos, pois houve uma diminuição de 21,8% na estimativa de produção, em relação ao ano anterior. Além disso, houve uma queda de 26,7% na média de produção dos últimos três anos.
Nesse cenário, Chicago finalizou a semana passada com uma alta de 6,86%, encerrando a US$ 6,70 por bushel. Já o dólar fechou a semana com queda de 1,74%, em R$ 5,08.
No cenário de alta expressiva em Chicago, mesmo com a queda do dólar, as exportações tendem a aumentar.
Fonte: Grão Direto
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