O mês de junho foi marcado pela continuidade da fraqueza dos números de exportação de milho no Brasil.
Apesar disso, o número veio superior ao mesmo período do ano passado, totalizando 1,03 milhãos de toneladas.
Nos Estados Unidos na quinta-feira, dia 6, o Centro Nacional de Mitigação da Seca trouxe uma redução da seca de 70% para 67% nos estados produtores de milho.
Isso foi reflexo da melhora climática das últimas semanas, que trouxe alívio aos produtores americanos.
E o clima continuará no centro das atenções nos Estados Unidos.
As previsões apontam para a continuidade de condições climáticas favoráveis, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
O Corn Belt deve continuar recebendo chuvas significativas, dando continuidade ao sentimento positivo do mercado.
Assim, haverá melhora nas condições das lavouras dos EUA.
A chegada de precipitações (mesmo que irregulares) em vários estados durante a semana deve trazer um aumento no nível de lavouras boas/excelentes, e diminuir as o nível das lavouras muito ruins/ruins.
Isso poderá impactar Chicago negativamente.
Safrinha brasileira
Já no Brasil a colheita da safrinha avançou.
De acordo com a Conab, a colheita seguiu avançando em todo o país. Apesar do atraso na evolução, em relação ao mesmo período do ano passado, não há preocupação em relação a isso, pois o clima continua favorável para continuidade dos trabalhos.
Diante destas circunstâncias, as cotações de Chicago finalizaram a semana passada cotadas a US$ 5,60 o bushel (+0,72%) para o contrato com vencimento em julho/23.
E o mercado físico brasileiro teve uma semana de leves desvalorizações, motivado pela evolução da colheita.
Oferta e demanda mundial
Nesta quarta-feira, dia 12, haverá atualização dos números de oferta e demanda pelo USDA.
Possivelmente, ele aumentará a expectativa de produção dos EUA, mesmo com os problemas climáticos que as lavouras vêm enfrentando, motivado pelo aumento significativo de área plantada.
Além disso, há possibilidade de uma redução na previsão de exportação dos Estados Unidos para a safra 2022/23.
No Brasil, a previsão de exportação de 55 milhões de toneladas pode ser mantida.
Acordo do Mar Negro
Com a proximidade do vencimento do acordo do Mar Negro, no próximo dia 18, o mercado está voltando sua atenção para esse fato.
Existe certa apreensão em relação a essa renovação, principalmente devido à resistência anterior demonstrada pela Rússia.
Mas há expectativas de que ocorra uma renovação do acordo.
Projeções para a semana
Com condições climáticas favoráveis, a colheita no Brasil se intensificará, resultando em uma oferta significativa de cereais no mercado.
Essa abundância de produtos pode exercer uma pressão adicional negativa nos preços brasileiros.
E a tendência de desvalorização das cotações de milho deve continuar, por conta, principalmente, da evolução da colheita brasileira.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br