O mercado brasileiro de milho na semana passada teve movimentação travada nos negócios e de preços firmes.
Foi sustentado pela boa demanda voltada à exportação, ainda que tenha havido um movimento de valorização do real frente ao dólar.
Segundo a Safras Consultoria, os produtores retiveram as intenções de venda do cereal, Eles observaram o clima na América do Sul, o comportamento do câmbio, os movimentos do mercado futuro e a paridade de exportação no porto
Isso limitou a comercialização do cereal.
Mais lentidão
A expectativa é de que os negócios possam ficar ainda mais lentos nesta semana, com a proximidade das eleições presidenciais.
O foco de atenção no curto prazo estará no clima na Argentina, onde o plantio se mostra atrasado. E também nas definições sobre a manutenção do corredor de exportação entre a Ucrânia e a Rússia, o que pode trazer volatilidade aos preços internacionais do milho.
As exportações apresentaram receita de US$ 936,124 milhões em outubro (nove dias úteis), com média diária de US$ 104,013 milhões.
A quantidade exportada ficou em 3,250 milhões de toneladas, com média de 361,212 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 288,00.
Embarques maiores
Em relação a outubro de 2021, houve alta de 447,5% no valor médio diário da exportação; avanço de 302% na quantidade média diária exportada; e valorização de 36,2% no preço médio.
O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 7,027 milhões de toneladas em outubro, conforme levantamento de Safras & Mercado.
O volume embarcado no mês soma 3,346 milhões de toneladas. Para novembro o line-up projeta 970,35 mil toneladas de milho.
Valores nas praças
No mercado brasileiro, o valor médio da saca teve uma variação positiva de 0,87%. Foi vendida por R$ 85,80, contra os R$ 85,06 verificados na semana anterior.
O preço em Campinas/CIF, disponível ao produtor, foi cotado a R$ 90, alta de 2,27% ante os R$ 88 na semana passada.
Na região Mogiana paulista, seguiu cotado em R$ 88. Em Santos/S{P baixou de R$ 91 para R$ 90, queda de 1,10%.
Em Cascavel/PR, no comparativo semanal, o preço seguiu em R$ 85. Em Rondonópolis/MT, avançou 5,26%, de R$ 76 para R$ 80. Já em Erechim/RS, preço no balanço semanal permaneceu em R$ 95.
Em Uberlândia/MG, o preço na venda na semana continuou em R$ 80 E em Rio Verde/GO, subiu 1,25%, de R$ 80 para R$ 81 a saca.
Fonte: Safras Consultoria