A semana passada foi marcada por leves oscilações nas cotações do milho no Brasil.
O cenário de demanda interna e externa aquecida somado à continuidade do movimento de esvaziamento do estoque dos armazéns para fazer manutenções de suas estruturas foram os principais fatores.
E o ritmo de exportações no Brasil segue acelerado.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no seu boletim do sai 21, foram embarcadas 3,50 milhões de toneladas no mês.
Superou em quase 50% o volume exportado em todo de novembro de 2021. Foram 2,39 milhões.
E Chicago fechou a semana com variação insignificante.
Ficou cotada a US$ 6,67/bushel.
Já o dólar teve uma alta de 0,66%, para R$ 5,41.
Esse cenário torna as exportações mais atrativas.
Argentina em atraso
O mercado também tem olhado para o milho argentino, que está com atraso no plantio.
As lavouras se encontram em condições ruins e em uma expectativa de baixa produtividade.
Isso se deu pelas condições climáticas desfavoráveis.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) informou que até dia 24 foi semeado apenas 23,8% de sua área de milho.
Na mesma época de 2021 chegava a 30%.
Plantio da safra brasileira
Em relação à safra 2022/23 no Brasil, o plantio segue evoluindo.
Conforme a Conab, até o dia 21, tinha chegado a 62,6%.
Em MG, o plantio avançou de forma significativa sob boas condições climáticas, para 70%.
Em SP a semeadura foi concluída.
E o mercado manterá os olhares voltados para o clima na América do Sul.
As condições se mostram bastante favoráveis nesta semana para a maioria das regiões brasileiras.
Apenas alguns problemas pontuais no MS.
Já a Argentina continuará com chuvas localizadas e volumes pouco expressivos.
De acordo com a plataforma Grão Direto, o mercado interno deverá continuar aquecido.
E fará concorrência para o mercado de exportação. Este se encontra bastante atrativo nesse momento.
Principalmente pela valorização do dólar.
Oportunidade ao milho disponível
Com o problema logístico de grãos no MT, as tradings estão tendo dificuldades para cumprir seus contratos de exportação.
Isso proporciona oportunidades de vendas para quem possui milho disponível em regiões nas quais a logística se encontra adequada para o escoamento até os portos.
Diante disso, as cotações brasileiras poderão ter mais uma semana de valorização em relação à semana anterior.
Refletirão o movimento de demanda interna e externa no Brasil.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br