As condições climáticas deverão continuar influenciando o mercado de milho nesta semana. Isso visto o avanço do plantio e desenvolvimento inicial da área plantada.
E a evolução do fenômeno La Niña também será acompanhada de perto.
As análises são de Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto, a maior plataforma de comercialização digital de grãos da América Latina.
Diante do cenário de aumento da escassez do cereal, não há fundamentos para quedas significativas nesse momento.
Contudo, explica ele, ainda há uma forte influência do mercado financeiro de uma possível recessão econômica. Sendo assim, as cotações poderão ter uma semana de continuidade de alta.
A semana passada foi marcada por valorizações nos preços do mercado físico. Porém, ainda com volume baixo de negociações por parte dos produtores.
O plantio no Brasil segue evoluindo. No entanto, em ritmos mais lentos que na última semana.
Isso ocorreu devido às chuvas constantes, acarretando em excesso de umidade no Sul do Brasil. Em contrapartida, as precipitações no Centro-Oeste e Sudeste ainda continuam irregulares.
Além disso, há previsões do Centro de Previsões Climáticas (CPC/NOAA), indicando que a influência do fenômeno La Niña ocorra já no mês de novembro, reforçando o receio de produção menor que o esperado.
Produção americana
A divulgação do Relatório de Oferta e Demanda pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe uma revisão na produção.
Foi de 354,19 milhões de toneladas no mês anterior para 352,95 milhões de toneladas neste. Isso também gerou um impacto nos estoques finais, passando de 30,95 milhões para 29,77 milhões de toneladas.
No Brasil e na Argentina, a produção foi mantida em 126 milhões de toneladas e 47 milhões de toneladas, respectivamente.
Segundo a Grão Direto, esse fator impacta nos estoques finais mundiais que caíram de 304,53 milhões em setembro para 301,19 milhões de toneladas neste mês. Ou seja, uma diminuição de 1,11%.
Fornecedor global
Esse cenário mantém o Brasil como importante fornecedor do cereal para o mundo.
E Chicago finalizou a semana passada com uma alta de 1,02%. Valia US$ 6,90 por bushel.
Já o dólar teve uma semana de valorização, fechando a sexta-feira sendo cotado a R$ 5,32 (+2,11%). Com a alta do dólar e Chicago, as exportações ficam mais atrativas.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br