As cotações de milho continuaram sofrendo pressão de oferta na semana passada, causadas pela evolução da colheita, que segue sem empecilhos no Brasil.
De acordo com o Ruan Sene, da plataforma Grão Direto, o Relatório de Oferta e Demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no dia 12, provocou queda na Bolsa de Chicago, que causou uma pressão adicional nas cotações brasileiras.
O relatório trouxe um aumento no número de produção – 367,3 milhões de toneladas em junho para 368,4 milhões em julho, na safra 2022/23. Consequentemente, os estoques finais também aumentaram quase 2 milhões de toneladas acima do indicado em junho.
E Chicago finalizou a semana com uma queda de 4,72%, ocasionada pela mudança de contrato de julho para setembro, encerrando a 6,05 dólares por bushel – atingindo níveis de janeiro de 2022.
Dólar subiu
Por outro lado, as exportações brasileiras encontram-se bastante aquecidas.
Nos primeiros seis dias úteis em julho de 2022, foram exportadas 953.345 toneladas, quase 50% do total exportado em todo julho em 2021, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Além disso, o dólar fechou a semana com uma alta de +2,47%, valendo R$ 5,40.
No cenário de queda em Chicago e alta no dólar, as exportações tendem a ficar estáveis, porém com a alta demanda mundial essa regra não está sendo respeitada.
Monitoramento do clima nos EUA
Para esta semana, o mercado passa a monitorar ativamente a evolução do clima nas regiões produtoras dos EUA, diante do momento chave de seu desenvolvimento.
As previsões apontam para temperaturas elevadas e chuvas mal distribuídas. As exportações devem continuar aquecidas. Diante disso, as cotações poderão ter uma semana de recuperação de preços.
Fonte: Grão Direto – www.graodireto.com.br