O plantio de milho nos Estados Unidos na safra 2023/24 seguiu avançando rapidamente na semana passada.
E atingiu 14% da projeção total, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Isso representava um avanço de 7% em relação ao ano anterior e 11% em relação à média dos últimos cinco anos.
A semana também foi marcada por uma série de cancelamentos de compras de milho dos EUA pela China, possivelmente aguardando a chegada da segunda safra brasileira, que se encontra em boas condições de desenvolvimento.
E o plantio da safrinha foi finalizado, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Diante de todas as circunstâncias acima, as cotações de Chicago finalizaram a semana cotadas a U$ 6,35 o bushel (-4,08%) para o contrato com vencimento em maio/23.
Já o mercado físico brasileiro teve mais uma semana de desvalorização.
E as exportações, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), atingiram 690 mil toneladas no acumulado janeiro a março, aumento de 178% em relação ao ano passado.
Esse número já era esperado, diante dos altos volumes exportados nos meses anteriores.
E deverão seguir em alta no segundo semestre, com a chegada da segunda safra.
Clima favorável à segunda safra
O clima no Brasil seguirá favorável à safrinha. Diante do desenvolvimento da segunda safra, o mercado seguirá atento às condições climáticas.
Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há previsão de chuvas significativas para a região Norte, já para as outras regiões, a previsão é de predominância de sol, com pancadas de chuvas esporádicas.
E temperaturas amenas devem permanecer no Sul do País.
O clima nos EUA continuará favorecendo o plantio.
De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), a região norte do cinturão produtor deve ter temperaturas mais altas, podendo favorecer o início do plantio.
Há previsões de chuvas mais intensas na região sul do cinturão, e para o restante, chuvas isoladas.
Acordo do Mar Negro
Na Europa, a renovação do acordo no Mar Negro ainda é incerto.
Com a proximidade do fim do acordo de exportação do Mar Negro, o mercado ficará atento aos pronunciamentos das lideranças russas e ucranianas, diante da importância dos países no suprimento de milho e trigo, principalmente.
Porém, diferentemente do ano passado, hoje, existem países que conseguem suprir grande parte da ausência da Rússia e Ucrânia no mercado de milho.
Entre estes está o Brasil, que se encaminha para uma produção extremamente significativa da safra em evolução.
Compras chinesas
A China continuará no centro das atenções.
Diante dos cancelamentos de compra de milho da China na semana anterior, o mercado continuará observando esses acontecimentos, receoso de que aconteçam novas rescisões, e o número aumente ainda mais.
Isso poderá ser interpretado positivamente pelo mercado brasileiro, podendo refletir positivamente nas cotações.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br