O mercado brasileiro de milho registrou mais uma semana de preços firmes, com os produtores segurando as ofertas na expectativa de conseguir melhores valores, o que travou as negociações no cenário doméstico. De acordo com a SAFRAS Consultoria, a desvalorização do real frente ao dólar favoreceu uma melhora das cotações nos portos e contribuiu para um bom andamento dos embarques do cereal.
Na ponta compradora, os consumidores seguiram comedidos, estudando o mercado, no aguardo de que a grande oferta proveniente da safrinha possa vir a ser disponibilizada por parte dos produtores, o que contribuiria para novos movimentos de baixa nas cotações.
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No cenário internacional, os negócios na Bolsa de Mercadorias de Chicago andaram meio de lado, sem grandes variações de preço. Apesar dos sinais de melhora na demanda para o cereal norte-americano, a pressão de oferta oriunda da colheita no país impediu um maior movimento de alta nos preços.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 55,99 na quinta-feira (5), alta de 0,69% frente aos R$ 55,61 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 52,00, queda de 3,7% frente aos R$ 54,00 praticados na última semana. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 63,00, aumento de 1,61% frente aos R$ 62,00 praticados na semana anterior. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 57,00, estável ante a semana passada.
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Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca ficou em R$ 45,00, sem mudanças frente à semana anterior. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço continuou em R$ 63,00 na venda.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda subiu 1,89%, de R$ 53,00 para R$ 54,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda permaneceu em R$ 50,00 ao longo da semana.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 2,001 bilhões em setembro (20 dias úteis), com média diária de US$ 100,065 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 8,756 milhões de toneladas, com média de 437,847 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 228,50.
Em relação a setembro de 2022, houve alta de 16,1% no valor médio diário da exportação, aumento de 43,2% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 18,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 9,318 milhões de toneladas de milho em outubro, conforme levantamento de SAFRAS & Mercado. Desse total, 249,9 mil toneladas de milho já foram embarcadas.
Para novembro estão programados embarques de 795,9 mil toneladas de milho. Entre fevereiro/23 e janeiro/24, o line-up sinaliza embarques acumulados de 39,001 milhões de toneladas do cereal.
Fonte: Agência SAFRAS
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