O mercado brasileiro de milho voltou a apresentar quedas nas cotações ao longo da semana da semana passada. A entrada da safrinha mantém a pressão sobre os preços e pode-se observar em julho uma significativa baixa nos valores do cereal em todas as regiões.
Segundo o consultor de Safras & Mercado Paulo Molinari, essa pressão sazonal é natural diante de uma safrinha cheia. À medida que a colheita avança os preços vão reagindo negativamente ao maior volume de milho que chega para a comercialização.
Para Molinari, o ritmo de baixas nos preços pode diminuir no curto a médio prazo, mas dificilmente o mercado vai reverter essa trajetória negativa pelo menos até outubro. Um bom volume de exportações, se mantido, pode limitar o impacto baixista da entrada da safrinha.
Chicago sob pressão
Na Bolsa de Chicago o mercado foi pressionado na semana pelas previsões de chuvas benéficas às lavouras norte-americanas, trazendo maior tranquilidade quanto a safra deste ano. A proximidade do acordo para o corredor de exportações de grãos da Ucrânia, em meio à guerra, contribuiu para a pressão sobre as cotações. No balanço de sete dias, entre os dias 14 e 21, o contrato dezembro acumulou uma baixa de 4,6%.
Praças brasileiras
No mercado brasileiro, no balanço de sete dias (entre 14 e 21 de julho), o milho em Campinas/Cif na venda caiu de R$ 87 para R$ 78 a saca, baixa de 10,3%. Na região Mogiana Paulista, o cereal na venda se manteve em R$ 83.
Em Cascavel/PR, no comparativo semanal, o preço baixou de R$ 84 para R$ 79, desvalorização de 5,95%. Em Rondonópolis/MT, a cotação seguiu em R$ 74. Já em Erechim/RS, caiu de R$ 94 para R$ 93, baixa de 1,1%.
Em Uberlândia/MG, passou de R$ 80 para R$ 76, baixa de 5%. E em Rio Verde/GO, baixou de R$ 76 para R$ 73, perda de 3,9%.
Fonte: Safras & Mercado