O volume de crédito rural desembolsado no primeiro mês do atual Plano Safra totalizou R$ 25,8 bilhões, recuo de 1% em relação ao mesmo mês da temporada anterior.
A aplicação dos recursos de custeio foi de R$ 22,2 bilhões, alta de 38%. Já a comercialização apresentou decréscimo de 43%, com R$ 982 milhões e a industrialização teve uma queda de 47%, com R$ 1 bilhão.
As linhas de financiamento dos investimentos também tiveram queda, de 75%, em R$ 1,6 bilhão.
De acordo com a Secretaria de Política Agrícola, o comportamento das contratações de crédito de investimento no primeiro mês do ano agrícola 2022/23 foi atípico.
Isso em decorrência da liberação dessas operações, realizadas com recursos equalizáveis, ter ocorrido somente a partir do dia 19 de julho, quando foi publicada a Portaria ME Nº 6.454, que autorizou o pagamento de equalização de taxas de juros.
Atraso nas contratações
Desta forma, houve atraso na realização de contratações de financiamento, sobretudo de investimentos. Ocorreram operações que ainda não foram divulgadas pelo Banco Central.
A SPA considera que as contratações de investimentos tendem a se intensificar a partir deste mês de agosto.
A importância da contribuição da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para o funding do crédito ruralse destaca por ser a principal fonte de recursos não controlados. As contratações realizadas com recursos dessa fonte aumentado 289% em julho, para R$ 13,2 bilhões.
O Plano Safra 2022/2023 dispõe de R$ 340,9 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano.
Desse total, R$ 246,3 bilhões são destinados ao custeio e comercialização. Outros R$ 94,6 bilhões são para investimentos.
Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões e com juros livres R$ 145,2 bilhões. O montante de recursos equalizados soma R$ 115,8 bilhões na atual safra.
Fonte: Ministério da Agricultura