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Pecuária Atualização:03/06/2022

Novo aliado no jogo da prenhez

Pedro HameisterPublicado por Pedro Hameister03/06/2022Atualização:03/06/2022Nenhum comentário7 Min de Leitura
Foto: Pedro Pires Piffero/Divulgação

Índice de ECC (iECC) identifica vacas com maior probabilidade de prenhez em IATF

Luiz Francisco Machado Pfeifer

A avaliação visual do escore de condição corporal (ECC) é um método importante para a quantificação subjetiva das reservas energéticas em bovinos. Este é um método fácil e barato, que fornece uma estimativa suficientemente confiável das reservas de energia corporal em vacas de corte e leite.

Vacas em áreas tropicais, como nos biomas Pantanal, Cerrado e Amazônia, encontram-se sob manejo extensivo com limitada disponibilidade e qualidade dos recursos forrageiros, especialmente durante a estação seca. Fenômeno parecido também pode ser observado na Região Sul do Brasil, onde o inverno afeta consideravelmente a produção forrageira. Em tais situações, a diminuição do ECC é um dos fatores mais importantes associados à baixa fertilidade de vacas de corte pós-parto.

Tendo em vista a importância do manejo do BCS (ou ECC) de vacas de corte que serão incluídas em um protocolo de IATF, é necessário criar sistemas de avaliação de ECC para tomar decisões adequadas quanto ao manejo nutricional e reprodutivo de seus rebanhos. Embora avaliar o ECC em vacas de corte no pós-parto seja uma atividade importante, essa abordagem fornece apenas dados categóricos, uma vez que o ECC é avaliado subjetivamente em uma escala de 1 a 5, sendo 1 para vacas muito magras e 5 para vacas obesas. Consequentemente, o uso da média de ECC de um lote de animais pode não representar a melhor maneira de interpretar e fazer inferências sobre os efeitos do ECC nos resultados dos protocolos de TAI.

Portanto um novo método de tratamento de dados de ECC, que leve em consideração as diferenças entre o ECC de cada vaca e o ECC recomendado para atingir bons índices de fertilidade, pode fornecer informações mais precisas sobre o estado nutricional e que tenham associação direta com a fertilidade de vacas submetidas a programas de IATF. Com esse objetivo, criamos o índice de ECC (iECC).

A partir disso, a adoção sistematizada dessa avaliação, baseada não na média de ECC do rebanho, mas na avaliação individual dos animais, confere resultados objetivos e mais assertivos do efeito do ECC na probabilidade de prenhez de vacas que participam de protocolos de IATF. Apesar de uma vaca com ECC 3, por exemplo, ter condições de realizar todas as funções reprodutivas, cumprindo seu papel no sistema de produção, um lote de vacas com ECC médio de 3 não diz muito ao produtor, pois a média não traduz a individualidade de cada animal do lote. A média entre dois animais com ECC de 1,5 e de 4,5, respectivamente, é 3. Entretanto, nenhum desses dois animais está em condições adequadas para atingir bons índices de fertilidade, pois o primeiro está muito magro e o segundo, muito gordo.

Este índice, o iECC, foi criado para que os produtores e técnicos possam ter uma métrica, a partir do ECC, para estimar se o potencial reprodutivo do lote de animais a ser inseminado está otimizado. Para facilitar o acesso a esse índice, que necessita de uma série de cálculos matemáticos para ser gerado, a Embrapa disponibiliza uma planilha automatizada, que pode ser baixada gratuitamente e utilizada em tempo real no curral, pelo celular. O usuário precisa apenas inserir o escore de condição corporal de cada vaca que será submetida à IATF.

O iECC de vacas de corte é inédito e faz a relação entre o escore de condição corporal e a fertilidade de vacas de corte pós-parto submetidas aos protocolos de IATF. É um método capaz de identificar animais com maior probabilidade de prenhez e oferece uma avaliação da condição nutricional das vacas que serão incluídas em programas de IATF. “A previsibilidade de resultados e a instrumentalização do produtor são as principais vantagens do uso desse índice no processo de IATF, com foco na máxima eficiência do rebanho.”

Como os sistemas de cria estão muito intensificados no Brasil, mesmo que o produtor não queira selecionar animais que devem participar de programas de IATF, o mesmo pode utilizar o iECC para ter uma estimativa objetiva da situação nutricional e reprodutiva do rebanho. Com base no resultado do iECC, o produtor poderá avaliar a probabilidade de sucesso do programa de IATF e estabelecer uma métrica para que ele possa se conscientizar do que precisa melhorar em termos de nutrição do rebanho para atingir uma melhor fertilidade e, consequentemente, maximizar o seu lucro.

Outra vantagem é que o elevado iECC também está associado à produção de carne mais sustentável, já que com os mesmos insumos o produtor poderá produzir mais bezerros com o uso da IATF, uma vez que bezerros produzidos via inseminação artificial têm melhor eficiência do que os produzidos por monta natural. O iECC foi desenvolvido para auxiliar os produtores a aumentar a fertilidade do rebanho e, consequentemente, o potencial de exploração na mesma área e com os mesmos insumos.

Ainda que o iECC seja um ferramenta importante para que altas taxas de prenhez sejam atingidas, é importante frisar que o índice indica se o ECC é ou não limitante na fertilidade do lote, mas não garante alta fertilidade, pois esta depende de vários fatores não só atrelados às questões nutricionais, por exemplo: sêmen e hormônios de qualidade, aplicados na hora certa; estrutura e manejo adequados; pessoas capacitadas; qualidade e experiência do inseminador; entre outros.

A relação do iECC com a fertilidade foi validada em pesquisa realizada em parceria entre as unidades da Embrapa Rondônia e da Embrapa Pantanal. Foram avaliados 31 lotes de inseminação contendo mais de 2,3 mil animais. Nesse trabalho, os pesquisadores verificaram que uma melhor fertilidade foi atingida em lotes de vacas com melhor iECC, ou seja, quanto maior o iECC, melhor a fertilidade. O iECC leva em consideração o quanto cada fêmea está distante do objetivo que deve alcançar. Essa é a fórmula matemática que está evolvida na planilha que estamos disponibilizando aos técnicos e produtores. São informações objetivas e seguras para que o técnico e o pecuarista possam tomar decisões quanto ao rebanho.

Em uma situação ocorrida no período em que estavam validando o iECC, na qual um veterinário havia reclamado que registrara baixa taxa de prenhez em um lote de vacas submetidas a IATF. O veterinário relatou que a taxa de prenhez foi de apenas 35%. Resolvi enviar a planilha automatizada para que inserisse os dados de ECC desse lote. Quando gerou o iECC do referido lote e o resultado foi de apenas 33%, ele mesmo disse: ‘Está explicado!’.” Trinta e três porcento de iECC é extremamente baixo, pois, para que um lote seja considerado com iECC adequado para atingir boa fertilidade, deve ser de, no mínimo, 75%. Lembrando que o iECC estabelece sempre um valor entre 0% e 100%. Em outras palavras, 100% de iECC significa que todas as vacas do lote encontram-se com ECC de acordo com o recomendado.

Régua Vetscore

Caso o produtor não saiba avaliar o ECC do animal, a régua Vetscore, ferramenta simples desenvolvida pela Embrapa Rondônia, pode auxiliar na identificação de animais com adequado ECC. Esse dispositivo é formado por duas réguas articuladas que, ao serem posicionadas sobre a garupa do animal, indicam sua condição corporal.

Para o uso da planilha em tempo real no curral de manejo, é importante que seja feito seu download com o uso da internet. Depois, ela estará disponível no computador ou no celular em que foi baixada para que possa ser acessada e realizar os cálculos em modo off-line (sem o uso da internet). A equipe de pesquisa da Embrapa continua trabalhando no desenvolvimento de um aplicativo para celular, para os sistemas Android e iOS, buscando tornar ainda mais prático o acesso ao cálculo do iECC, para que seja sistematicamente utilizado pelos pecuaristas conferindo mais eficiência ao sistema reprodutivo da propriedade.

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Pedro Hameister
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